Conhecimento de pediatras sobre a atividade física na infância e adolescência

Revista Paulista De Pediatria

Endereço:
Alameda Santos, 211 - 5° andar, Conj. 501/502/511/512
São Paulo / SP
Site: http://www.spsp.org.br
Telefone: (11) 3284-9809
ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Conhecimento de pediatras sobre a atividade física na infância e adolescência

Ano: 2015 | Volume: 33 | Número: 4
Autores: A. P. Gordia, T. M. Quadros, L. R. Silva, G. M. Santos
Autor Correspondente: A. P. Gordia | [email protected]

Palavras-chave: Atividade motora, Educação médica, Obesidade pediátrica, Promoção da saúde

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo
Investigar o conhecimento dos pediatras sobre a atividade física na infância e adolescência e a orientação dada por eles.

Métodos
Estudo transversal feito com uma amostra conveniente de pediatras (n=210) que participaram de congressos nacionais destinados à especialidade em 2013. Usou‐se um questionário para coletar dados sociodemográficos, profissionais, da prática habitual de atividade física e sobre o conhecimento e orientação do pediatra em relação à atividade física de jovens. Foram calculadas frequências absolutas e relativas, média e desvio‐padrão.

Resultados
A maior proporção dos pediatras era do sexo feminino, estava formado em medicina havia mais de 15 anos e tinha residência em pediatria. Mais de 70% relataram incorporar a orientação de atividade física em suas prescrições. Por outro lado, aproximadamente dois terços relataram incorretamente que crianças não podem fazer musculação e menos de 15% responderam corretamente a questão sobre barreiras para a prática de atividade física. Em ambas as questões sobre a prática de atividade física para enfrentamento da obesidade as opções incorretas foram marcadas por 50% ou mais dos pediatras. A maioria relatou, incorretamente, que 30 minutos é o tempo mínimo diário para a prática de atividade física para jovens. Menos de 40% souberam responder corretamente qual é o tempo máximo que os jovens podem passar em frente às telas.

Conclusões
Em geral, os pediatras relataram recomendar a atividade física para seus pacientes jovens, porém o conhecimento específico sobre o assunto foi limitado. Há necessidade de programas com informações adequadas para os pediatras.



Resumo Inglês:

To investigate the knowledge and guidance given by pediatricians regarding physical activity in childhood and adolescence.

Methods
A cross‐sectional study involving a convenience sample of pediatricians (n=210) who participated in a national pediatrics congress in 2013. Sociodemographic and professional data and data regarding habitual physical activity and pediatricians’ knowledge and instructions for young people regarding physical activity were collected using a questionnaire. Absolute and relative frequencies and means and standard deviations were calculated.

Results
Most pediatricians were females, had graduated from medical school more than 15 years ago, and had residency in pediatrics. More than 70% of the participants reported to include physical activity guidance in their prescriptions. On the other hand, approximately two‐thirds of the pediatricians incorrectly reported that children should not work out and less than 15% answered the question about physical activity barriers correctly. With respect to the two questions about physical activity to tackle obesity, incorrect answers were marked by more than 50% of the pediatricians. Most participants incorrectly reported that 30 minutes should be the minimum daily time of physical activity in young people. Less than 40% of the pediatricians correctly indicated the maximum time young people should spend in front of a screen.

Conclusions
In general, the pediatricians reported that they recommend physical activity to their young patients, but specific knowledge of this topic was limited. Programs providing adequate information are needed.