O trabalho insere-se em pesquisa mais ampla sobre as concepções de
aprendizagem histórica difundidas no Brasil no perÃodo de 1917 a 2006, e faz parte
do projeto “Aprender a ler, aprender a escrever históriaâ€. O escopo da investigação
abrange concepções de aprendizagem que têm fundamentado a organização de
propostas curriculares brasileiras num perÃodo de longa duração, desde a Reforma
Francisco Campos (1931), Ã s propostas curriculares atuais. O recorte proposto no
presente estudo inclui a análise de documentos curriculares referentes aos Parâmetros
Curriculares Nacionais de História para o ensino fundamental e médio (1997;
1998) Adotou-se a metodologia de investigação qualitativa de estudo no caso e a
perspectiva da investigação bibliográfica e documental. A recolha e tratamento
de dados pautou-se na análise de conteúdos (Bardin, 2002). Tomaram-se como
referência estudos realizados na perspectiva do currÃculo e das disciplinas escolares
como construção social (Goodson,1997). Ademais, o conceito de “código disciplinarâ€
(Cuesta Fernandez,1997; 1998) permitiu que se entendesse a abrangência
e signifi cado do currÃculo como texto visÃvel do código disciplinar da história, a
partir do qual buscou-se entender a relação entre o conteúdo e a forma da História
como disciplina escolar em determinado momento da sociedade brasileira.
Resultados parciais indicam a predominância de concepção de aprendizagem
histórica baseada na idéia de competências fundamentadas na psicologia educacional,
bem como uma tendência em situar a aprendizagem a partir do método
de produção do conhecimento histórico, não revelando, ainda, uma concepção de
aprendizagem histórica situada na epistemologia da própria ciência da História
(Lee,2003; 2006).