Atualmente muito se tem caminhado para entender as relações entre as concepções dos
professores e sua ação docente. Neste artigo, procuram-se explicitar as concepções sobre a
natureza da ciência apresentadas por dois grupos de professores de QuÃmica, participantes de
atividades de educação continuada, categorizando-as a partir de questionários escritos e entrevistas semi-estruturadas. Estas abordam aspectos relacionados à percepção de realidade; de
método cientÃfico; de conhecimento cientÃfico e de sua caracterização em comparação com o
conhecimento cotidiano. Desta análise emergiram aspectos que permitem localizar suas concepções num marco referencial hipotético-dedutivo, embora a apresentação de idéias contraditórias e mudanças de opinião tenham sido uma constante no transcorrer das entrevistas. Isto
pode indicar a ausência de reflexão sobre suas crenças, reflexão que os professores consideram importante em sua formação e atuação reforçando a necessidade de processos de reflexãoação como pressupostos centrais para a estruturação de atividades de formação inicial e continuada de professores.
Nowadays, much have been done to understand the relation between teachers’ conceptions
and their teaching actions. This paper aims to show the conceptions about the nature of science
presented by two groups of Chemistry teachers who took part in continuing education activities.
The teachers’ conceptions were categorized from written questionnaires and semi-structured
interviews. The interviews approached aspects related to the perception of reality, the scientific
method, the scientific knowledge and its characterization comparing with everyday knowledge.
From this analysis, aspects that enable to locate teachers’ conceptions in a hypothetical-deductive
referential frame were emerged, although contradictory ideas and changes in opinion were
constant during the interviews. It can indicate absence of reflection about teachers’ beliefs.
Teachers consider this reflection important in their training and acting and believe that it
reinforces the need for a reflection-action process as central assumptions for the structuring of
teachers’ initial and continuing training activities.