COMPOSICIONALISMO SEMÂNTICO, PREDICAÇÃO E O AUTOMORFISMO DE QUINE

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ISSN: 19822928
Editor Chefe: Araceli Velloso
Início Publicação: 30/06/1996
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

COMPOSICIONALISMO SEMÂNTICO, PREDICAÇÃO E O AUTOMORFISMO DE QUINE

Ano: 2005 | Volume: 10 | Número: 2
Autores: André Porto
Autor Correspondente: André Porto | [email protected]

Palavras-chave: composicionalismo, Quine, predicação, tradução radical.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

este artigo oferece uma nova reconstrução para os argumentos do famoso segundo capítulo de Word and Object de Quine e sua idéia da Tradução Radical. De acordo com essa abordagem, o maior alvo de Quine é a noção de composicionalidade como sendo o elemento fundamental para qualquer teoria do significado. Em poucas palavras, não poderia haver nenhuma “teoria do significado”, para Quine, simplesmente porque a noção de composicionalidade deveria ser rejeitada como a concepção central da semântica. Além disso, tomamos o cuidado de diferenciar argumentos empíricos de argumentos a priori de natureza modal. Esses últimos constituem-se no que propomos chamar de Teorema do Automorfismo de Quine, a idéia de que há maneiras alternativas de se reconstruir a estrutura gramatical de qualquer língua incluindo predicação e que poderiam manter invariantes todas as nossas predisposições para comportamento verbal sob quaisquer estados de coisas, atuais ou meramente possíveis. Em nosso entender, é esse teorema que determina fundamentalmente a rejeição da composicionalidade por Quine e, assim, de todas as teorias do significado.



Resumo Inglês:

This paper offers a new reconstruction of the arguments in Quine’s famous second chapter of Word and Object and of his idea of Ra- dical Translation. According to this approach, Quine’s main target is the notion of compositionality as a key element in any theory of meaning. In short, according to Quine there could not be any “theories of meaning” simply because the notion of compositionality should be rejected as the central notion of semantics. We also sharply differentiate empirically oriented arguments from a priori, modal arguments. These later ones constitute the core of what we propose to call Quine’s Automorphism Theorem, the idea that there are alternative ways of reconstructing the grammatical structure of any language including predication which could maintain invariant all our dispositions for verbal behavior under any actual or even only possible estates of affairs. It is this theorem, we argue, which provides the main support for Quine’s rejection of compositionality and thus of all theories of meaning.