Competências Familiares para a Promoção da Saúde e Desenvolvimento Infantil: Um estudo de 2.600 famílias no Estado do Ceará

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ISSN: 1809-0893
Editor Chefe: Francisco Jadson Franco Moreira
Início Publicação: 05/06/2005
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde

Competências Familiares para a Promoção da Saúde e Desenvolvimento Infantil: Um estudo de 2.600 famílias no Estado do Ceará

Ano: 2005 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: L. L. Correia, D. M. I. da Silveira, J. S. Campos, A. Cavalcante e Silva, F. M. O. Andrade, B. L. Horta
Autor Correspondente: L. L. Correia, | [email protected]

Palavras-chave: Competências familiares, Desenvolvimento infantil, Promoção da saúde infantil

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O fortalecimento das competências familiares para a promoção da saúde e do desenvolvimento infantil é uma das principais estratégias da OMS e UNICEF para melhorar a construção do ser na infância, ainda crítico nas regiões mais pobres. O estudo transversal analisou as principais características socioeco-nômicas da família, características biológicas e de morbidade da criança e conhecimentos, atitudes e práticas das mães relacionadas aos cuidados infantis, em 22 municípios do Estado do Ceará. Em cada município 120 famílias com crianças menores de 6 anos de idade, selecionadas aleatoriamente, foram visitadas, sendo entrevistadas um total de 2.612 mães. Cerca de 30% das famílias não dispunham de água encanada e saneamento básico. O índice de analfabetismo das mães foi de 13%, enquanto o dos pais alcançou 19%. Observou-se associação positiva entre a escolaridade materna e o acompanhamento da gestação e do parto por parte do pai. Mães mais escolarizadas também fumaram menos na gestação, amamentaram mais e realizaram mais consultas pósparto. As crianças se apresentaram amamentadas e imunizadas em elevadas proporções. Quando doentes, 70% receberam mais líquidos e 53% menos comida. ?Febre? se constituiu no principal sinal de risco para a saúde infantil, para a maioria das mães. Quanto ao estímulo ao desenvolvimento infantil, observou-se nos domicílios um ambiente pobre em termos de disponibilidade de objetos lúdicos, mas rico em relação à interação criança-adultos. Entre as famílias com maior escolaridade materna, a avó foi quem mais assumiu alternativamente os cuidados da criança, enquanto que nas famílias com menos escolaridade crianças mais velhas foram as principais cuidadoras eventuais. O estudo mediu o nível de competência familiar em promover a saúde e o desenvolvimento da criança, identificando diversos problemas nos cuidados infantis passiveis de intervenção, bem como aspectos positivos a serem estimulados.