Como se materializam as fronteiras? A corporalidade da fronteira em "Borderlands/La Frontera", e Gloria Anzaldúa

Anuário De Literatura

Endereço:
Pós-Graduação em Literatura - Centro de Comunicação e Expressão - Campus Universitário - Trindade - Florianópolis
Florianópolis / SC
Site: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/literatura
Telefone: (48) 3721-9582
ISSN: 21757917
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 30/11/1993
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

Como se materializam as fronteiras? A corporalidade da fronteira em "Borderlands/La Frontera", e Gloria Anzaldúa

Ano: 2015 | Volume: 20 | Número: 2
Autores: Melina Pereira Savi
Autor Correspondente: Anuário De Literatura | [email protected]

Palavras-chave: teoria da fronteira, gloria anzaldúa, teoria ciborgue, ontologia realista de agenciamento

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo, analiso as maneiras com as quais Gloria Anzaldúa, em Borderlands: La Frontera (2007), negocia a ideia da fronteira como tendo dimensões discursivas e materiais. Ao criar a consciência da nova mestiza a partir da zona de fronteira, que é o espaço afetado pela linha fronteiriça, Anzaldúa desenvolve conceitos e ideias que podem ser relacionados às articulações de Donna Haraway, com sua teoria do ciborgue; e de Karen Barad, com sua teoria de uma ontologia de agenciamento realista, no sentido de que Anzaldúa se engaja criativamente com partes contraditórias de sua identidade, de forma ciborguiana; e enxerga a fronteira como ao mesmo tempo limitante e empoderadora, como produzindo efeitos discursivos e materiais como constitutivos um do outro. Anzaldúa discorre sobre esses efeitos e demonstra como os aplica na fabricação de uma nova consciência, a da nova mestiza. Neste trabalho, então, exploro estes conceitos a partir de uma leitura que identifica, no trabalho de Anzaldúa, pontos em comum com e complementares às teorias de Haraway e Barad.