Como as doenças compridas podem nos ensinar sobre os serviços de saúde?

Revista Equatorial

Endereço:
Campus Universitário, CCHLA - Departamento de Antropologia - Lagoa Nova
Natal / RN
59.072-970
Site: http://periodicos.ufrn.br/equatorial
Telefone: (84) 3342-2240
ISSN: 2446-5674
Editor Chefe: Angela Facundo Navia
Início Publicação: 31/07/2013
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Sociologia

Como as doenças compridas podem nos ensinar sobre os serviços de saúde?

Ano: 2017 | Volume: 4 | Número: 7
Autores: Soraya Fleischer
Autor Correspondente: Soraya Fleischer | [email protected]

Palavras-chave: cronicidade, serviços de saúde, atenção básica

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Recentemente, em um muro diante de minha casa, foi deixada uma mensagem na calada da noite. Em letras vermelhas, lia-se “Vandalismo é a fila do SUS”. Inspirada por essa eloquente mensagem, decidi priorizar, para esse artigo, o que eu tenho ouvido de meus interlocutores ao enfrentarem as filas e desafios do SUS. Esse artigo pretende mostrar como é doloroso sentir esse tipo de vandalismo na própria pele todos os dias, somado às dores provocadas pelas doenças compridas, como tenho ouvido na Guariroba, bairro histórico da Ceilândia/DF,  ao me informar sobreas doenças ditas crônicas. Pretendo adensar as percepções sobre o funcionamento das instituições de saúde locais. Para tanto, trago três sentidos que emergem com força entre nossos dados: O “esperar” pelos serviços de saúde, o “ser atendido/a” pelos mesmos e, por fim, o “correr atrás” individualmente e/ou coletivamente de soluções para suplantar as limitações encontradas nesses serviços. Algo mais específico é acumulado pela experiência do adoecimento prolongado para melhor enfrentar o vandalismo diário realizado pelo SUS.