A comida em comunidades quilombolas: reflexões sobre saberes e mercados solidários

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ISSN: 1982-6737
Editor Chefe: Virginia Elisabeta Etges
Início Publicação: 28/02/1995
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: História

A comida em comunidades quilombolas: reflexões sobre saberes e mercados solidários

Ano: 2016 | Volume: 18 | Número: 1
Autores: R. P. Silva, S. R. Baptista
Autor Correspondente: R. P. Silva | [email protected]

Palavras-chave: comida, saberes, economia da reciprocidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo trata da comida nas comunidades remanescentes de quilombo do Maciço da Pedra Branca (RJ) e suas relações em redes de contato e mercados próximos. A metodologia aplicada foi a observação participante entre 2014 e 2016, em duas feiras agroecológicas em que participam seus membros e quatro festividades realizadas. Nestes casos, a comida é vista como elemento central nas trocas sociais, econômicas e culturais. O valor econômico deixa de ser o cerne do processo, substituído por relações de equivalência cultural, significados, símbolos. A comida evidencia um sistema que compreende cultivo, preparo, consumo, troca e comércio de excedentes. Propicia-se assim a formação de nichos de economia solidária, em que o alimento é produzido, preparado e significado com base em referenciais de solidariedade, respeito a natureza, tradicionalidade.



Resumo Inglês:

This article deals with the food in remaining quilombo communities (RJ) of Pedra Branca Massif (RJ) and their relationships in networking and nearby markets. The methodology applied was the participant observation between 2014 and 2016 in two agroecological fairs involving their members and four festivities held. In these cases, the food is seen as a central element in the social, economic and cultural exchanges. The economic value ceases to be the heart of the process, replaced by relations of cultural equivalence, meanings, symbols. The food shows a system that comprising cultivation, preparation, consumption, exchange and trade. It favours, in this way, the formation of solidary economy niches, in which food is produced, prepared and meaning based in reference to solidarity, respect nature, traditionalism.