O objetivo deste texto é caracterizar minimamente a dinâmica de comercialização da educação chilena, desde o período da ditadura militar até os dias atuais, à luz das mais recentes manifestações do movimento estudantil, que em duas ondas sucessivas de organizações e protestos, 2006 e 2011, conseguiram reivindicar a necessidade de se repensar a educação como um direito universal e gratuito, gerando um amplo questionamento sobre o tipo de sociedade neoliberal concebida desde o período autoritário (1973-1989), mas também blindada e aperfeiçoado desde governos democráticos posteriores. Esta reflexão e exposição de conjunturas é efectuada em primeiro lugar procurando identificar e mapear alguns acontecimentos históricos relevantes, mas ao mesmo tempo, permitimo-nos uma exploração reflexiva em torno de duas dimensões, a do género e da etnia, que nos parecem ainda pouco compreendidas e / ou invisibilidades na representação política e social desse movimento.
El objetivo de este texto es caracterizar mínimamente las dinámicas de mercantilización de la educación chilena, desde el período de la dictadura militar hasta nuestros días, a la luz de las expresiones más recientes del movimiento estudiantil, que en dos oleadas sucesivas de organizaciones y protestas, 2006 y 2011, lograron reivindicar la necesidad de repensar la educación como un derecho universal y gratuito, generando, de este modo, un cuestionamiento de amplio espectro al tipo de sociedad neoliberal concebida desde el período autoritario (1973-1989), pero también blindada y perfeccionada desde los gobiernos democráticos posteriores. Esta reflexión y exposición de coyunturas es efectuada en primer lugar buscando identificar y mapear algunos eventos históricos relevantes, pero al mismo tiempo, nos permitimos una exploración reflexiva en torno a dos dimensiones, la de género y la étnica, que nos parecen aun mal comprendidas e/o invisibilidades en la representación política y social de este movimiento.