Colonização de Espécies Arbustivo-Arbóreas em Povoamento de Eucalyptus spp., Lavras, MG

Floresta e Ambiente

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ISSN: 2179-8087
Editor Chefe: João Vicente de Figueiredo Latorraca
Início Publicação: 31/12/1993
Periodicidade: Trimestral

Colonização de Espécies Arbustivo-Arbóreas em Povoamento de Eucalyptus spp., Lavras, MG

Ano: 2011 | Volume: 18 | Número: 4
Autores: Douglas Merlim de Sousa Armando, Thaís Cristian Rosa, Helaine de Sousa, Rossi Allan Silva, Lidiany Camila da Silva Carvalho, Anne Priscila Dias Gonzaga, Evandro Luiz Mendonça Machado, Malcon do Prado Costa
Autor Correspondente: Douglas Merlim de Sousa Armando | [email protected]

Palavras-chave: regeneração natural, floresta estacional semidecidual, facilitação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente estudo teve por objetivo conhecer a estrutura fitossociológica da vegetação arbustivoarbórea
colonizadora em um plantio, abandonado há 50 anos, de Eucalyptus spp., no Município de
Lavras, MG, visando diagnosticar a existência de grupos de espécies, de gradientes vegetacionais
e a diversidade alpha. A amostragem fitossociológica, realizada pelo método dos quadrantes,
contou com 100 pontos, distribuídos em seis transecções de comprimentos variáveis. Estiveram
passíveis de inclusão todos os indivíduos com diâmetro a altura do peito (DAP) (≥5 cm). O
levantamento resultou em uma densidade de 854,28 indivíduos/ha, com 91 espécies, distribuídas
em 67 gêneros e 31 famílias. Destacaram-se, em valor de importância, Piptadenia gonoacantha,
Copaifera langsdorffii, Tapirira guianensis e Ocotea corymbosa. A análise da distribuição dos
indivíduos em classes de diâmetro revelou uma comunidade em plena regeneração. A maioria
das espécies apresentou síndromes de dispersão zoocórica, sugerindo que o plantio pode ter
servido de abrigo e refúgio para espécies da fauna dispersora presente na região. As guildas de
regeneração mais frequentes foram as de pioneiras e clímax exigentes de luz, possivelmente em
função da mortalidade de indivíduos de Eucalyptus spp., que ocasionou clareiras de diferentes
tamanhos. Foi diagnosticado um gradiente vegetacional longo, com uma mudança gradativa na
equabilidade entre os quatro grupos de espécies caracterizados pela análise de agrupamento. Os
índices de diversidade (H’ = 3,58) e equabilidade (J = 0,794) de espécies foram semelhantes aos
encontrados em outros levantamentos fitossociológicos, em plantios de Eucaliptus spp.. Dessa
forma, o plantio funcionou como um catalisador da regeneração natural na área de estudo.