Classes sociais, consumo e violência simbólica

Cadernos de Campo: Revista de Ciências Sociais

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ISSN: 23592419
Editor Chefe: Equipe Cadernos de Campo
Início Publicação: 30/01/1994
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Sociologia

Classes sociais, consumo e violência simbólica

Ano: 2015 | Volume: 1 | Número: 19
Autores: Rebeca Rebollo de Campos
Autor Correspondente: Rebeca Rebollo de Campos | [email protected]

Palavras-chave: consumo, classes, conflitos, violência simbólica, internet

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo trabalha o conceito de violência simbólica de Pierre Bourdieu no contexto de mudanças sociais e econômicas brasileiras. A violência simbólica tem na escola a principal instituição de reprodução social, mas ela pode ser percebida em outras instâncias, como a família, religião; e neste artigo, será trabalhada principalmente em seu contexto econômico, através do consumo. Com o aumento real do salário mínimo acima da inflação durante o governo Lula, aumento do número de empregos formais e ampliação do crédito, uma parcela maior da população passou a ter acesso a bens e serviços que antes lhes eram restritos. O consumo de aparelhos eletrônicos, carros, casas, roupas de grife e viagens causou incomodo nas classes mais altas, afetando a maneira como os conflitos e disputas por espaços físicos bem como disputas no campo simbólico ocorrem. O desprezo e a luta das classes mais abastadas para se distinguir dos novos consumidores assume formas e estratégias cada vez mais declaradas. A internet e as redes sociais são ferramentas importantes neste artigo, pois é através delas que serão avaliados casos de violência simbólica entre classes distintas, serão selecionados casos de violência e intolerância através do consumo e acesso de bens e serviços.