Pretendemos examinar a produção documental brasileira do perÃodo silencioso, submetendo-a a recortes temáticos que transcendem a historiografia clássica do cinema brasileiro e que dialogam com a história cultural. Um traço dominante será destacado: a representação de eventos cÃvicos e espa- ços monumentais tÃpicos de uma metrópole no Brasil nas primeiras décadas do século XX. O objeto é a presen- ça da cinematografia do paÃs na Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil, ocorrida entre 1922 e 1923 na cidade do Rio de Janeiro. Serão abordados os documentários produzidos para esse evento, analisando a imagem construÃda do paÃs através de No paÃs das amazonas (1922) e Terra encantada (1923), ambos de Silvino Santos e Agesilau de Araú- jo, e Companhia Fabril de Cubatão (1922), de João de Sá Rocha.
This article aims at examining Brazilian documentary production of the silent period, following thematic ‘cuts’ which transcends the classic historiography of the Brazilian cinema and which dialogues with the cultural history of the period. One dominant trace will be highlighted: the cinematic representation of civic events and monumental spaces at the International Exposition of the Centenary Brazilian Independence, occurred between 1922 and 1923 in the city of Rio de Janeiro. A more comprehensive analysis of the films No paÃs das amazonas (1922) and Terra encantada (1923), both from Silvino Santos and Agesilau de Araújo, and Companhia Fabril de Cubatão (1922), from João de Sá Rocha, will be carried out with the objective of verifying the filmic visual pattern established in relation to the proposed thematic ‘cuts’.