Contextualização: A fraternidade é um dos conceitos-chave do horizonte ético da modernidade, tendo como marco de sua adesão universal o artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). NoBrasil, a fraternidade constano preâmbulo da Constituição Federal de 1988.Objetivo:O presente artigo visa, a partir de uma investigação conceitual com base na teoria das causas de Aristóteles, a esclarecer o conceito de fraternidade pela sua inserção no interior de uma rede conceitual composta pelos conceitos de alteridade, reconhecimento, regra de ouro e comunidade, que correspondem,respectivamente,à sua causa material, eficiente, formal e final. Método:Pelo desmembramento do conceito de fraternidade nos seus principais elementos constitutivos (“causas”), conclui-se pela necessidade de uma análise “circular”: não se pode defini-los de forma independente. Resultados:Assim, adotando-se referido modelo de análise circular, alteridade, reconhecimento, regra de ouro e comunidade são mutuamente referentes: cada um dos quatro conceitos só pode ser plenamente apreendido àluz dos outros três. Conclusões:Nesse sentido, conclui-se que a fraternidade existe quando há o reconhecimento recíproco (comunidade) dos seres humanos como pessoas (alteridade), segundo um procedimento da razão prática conhecido comoregra de ouro.
Contextualization: Fraternity is one of the key concepts in the ethical horizon of modernity, with the first article of the Universal Declaration of Human Rights (1948) as the landmark of its universal adherence. In Brazil, fraternity appears in the preamble of the 1988 Federal Constitution.Goal:This article aims, with a conceptualinvestigation based on the Aristotle’s four causes theory, to clarify the concept of fraternity through its insertion within a conceptual network composed of the concepts of alterity, recognition, golden rule and community, which correspond respectively to its material, efficient, formal and final cause. Method: By decomposing the concept of fraternity into its main constituent elements (“causes”), it is possible to conclude the necessity of a “circular”analysis, because those elements cannot be defined independently. Results: Thus, adopting the aforementioned circular analysis model, alterity, recognition, golden rule and community are mutually referent: each of the four concepts can only be fully grasped in the light of the other three.Conclusions:In this sense, fraternity exists when there is reciprocal recognition (community) of human beings as people (alterity), according to a procedure of practical reason known as the golden rule.
Contextualización: La fraternidad es uno de los conceptos claves en el horizonte ético de la modernidad, teniendo el primer artículo de la Declaración Universal de Derechos Humanos (1948) como hito de su adhesión universal. En Brasil, la fraternidad aparece en el preámbulo de la Constitución Federal de 1988. Objectivo:Este artículopretende, a partir de una investigación conceptualbasada en la teoría de las causas de Aristóteles, esclarecer el concepto de fraternidad a través de su inserción dentro de una red conceptual compuesta por los conceptos de alteridad, reconocimiento, regla de oro y comunidad, que corresponden respectivamente a sus causas material, eficientes, formal y final. Método: Al descomponer el concepto de fraternidad en sus principales elementos constitutivos (“causas”), se concluye que es necesario un análisis “circular”: no pueden definirse de forma independiente.
Luis Fernando BarzottoR. Opin. Jur., Fortaleza, ano 23, n. 42, p.1-23,jan./abr. 2025•3Resultados: Así, adoptando el modelo de análisis circular antes mencionado, alteridad, reconocimiento, regla de oro y comunidad son mutuamente referentes: cada uno de los cuatro conceptos sólo puede comprenderse plenamente a la luz de los otros tres. Conclusiones: En este sentido, se concluye que existe fraternidad cuando existe un reconocimiento recíproco (comunidad) de los seres humanos como personas (alteridad), según un procedimiento de la razón práctica conocido como regla de oro.