Cadeia cinética aberta e fechada: uma refl exão crítica

Fisioterapia Em Movimento

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ISSN: 19805918
Editor Chefe: Auristela Duarte Lima Moser
Início Publicação: 31/12/1988
Periodicidade: Trimestral

Cadeia cinética aberta e fechada: uma refl exão crítica

Ano: 2010 | Volume: 23 | Número: 4
Autores: Auristela Duarte de Lima Moser, Mariane França Malucelli, Sandra Novaes Bueno
Autor Correspondente: Auristela Duarte de Lima Moser | [email protected]

Palavras-chave: Cadeia cinética aberta, Cadeia cinética fechada, Cadeia cinemática, Funcionalidade, Reabilitação do LCA.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Desde 1973, quando Steidler procedeu à transposição dos princípios de cadeia cinética
aberta e fechada da mecânica para a reabilitação, muitos estudos têm sido feitos sobre as consequências
dos exercícios envolvendo tais cadeias, mas pouco tem se estudado sobre a validade de tal defi nição, seus
benefícios e riscos. A comunidade da reabilitação associou a defi nição de CCA e CCF a alguns exemplos
clássicos de exercícios, sem questionar se os componentes envolvidos na defi nição eram sufi cientes para
estabelecer este conceito. Método: As autoras realizaram uma revisão bibliográfi ca que incluiu artigos
com o conceito de cadeia cinética aberta e fechada e livros de cinesiologia, mecânica e dinâmica, buscando
aproximações e divergências na defi nição e nos conceitos. Resultados: Na mecânica as cadeias
abordadas são cinemáticas e não cinéticas e a transposição desses conceitos para a reabilitação foi literal,
favorecendo o uso dos termos como sinônimos, mesmo existindo uma diferença entre eles: a cadeia
cinemática não considera as forças causadoras do movimento ou do equilíbrio, já a cadeia cinética as
considera. O termo cadeia cinética aberta não é mencionado na mecânica. Conclusões: Todos os exercícios
envolvendo apenas uma articulação deveriam ser chamados exercícios isolados e o termo cadeia cinética
fechada deveria ser dividido em três categorias: cadeia cinemática fechada, cadeia cinemática restrita e
cadeia cinemática, concordando com o grau de liberdade de cada cadeia. Sugere-se que esses termos
deveriam ser usados para descrever exercícios de múltiplas articulações, concordando com o grau de
liberdade de cada exercício.



Resumo Inglês:

Since 1973 when Steindler transcribed the principles of closed and open kinetic chain from the
mechanics to the rehabilitation world, many studies have been conducted about the consequences of the exercises
involving both types of kinetic chains, however there hasn’t been a lot of studies concerning the validity about its
defi nition, its benefi ts and risks. The community rehabilitation have associated the defi nition of closed and open
kinetic chain, to some classic exercises without questioning if the components involved in defi nition was enough to
establish such concept. Method: Authors have made a bibliography revision that included articles with the defi nition
of kinetic chains, books of kinesiology, dynamic and mechanics searching a correlation some approximations and
disagreements in the defi nition and concepts. Results: The mechanics chains mentioned are the kinematic chains
and not kinetic chains and the transposition of this concepts to the rehabilitation was literary, favoring the use of
terms as synonyms, even existing a difference between them: the kinematic chain doesn’t consider the causing forces
of movement or balance, however the kinetic chain has considered them. The term open kinematic chain is not
mentioned in mechanics. Conclusions: All the exercises involving only one joint should be called isolated exercises
and the term closed kinematic chain should be divided into three categories: closed kinematic chain, restrained
kinematic chain and kinematic chain, in accordance to the degree of freedom of each chain. It is suggested that these
terms should be used to describe multi joint exercises in accordance to the degree of freedom of each exercise.