CADÊ A ÁGUA QUE ESTAVA AQUI? OS LEITOS SECOS NA MEMÓRIA E NA HISTÓRIA

História Revista

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UFG - Campus II Faculdade de História
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ISSN: 19844530
Editor Chefe: Maria da Conceição Silva
Início Publicação: 31/05/2009
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

CADÊ A ÁGUA QUE ESTAVA AQUI? OS LEITOS SECOS NA MEMÓRIA E NA HISTÓRIA

Ano: 2009 | Volume: 14 | Número: 2

Palavras-chave: História Ambiental, Pequenos cursos d’água, Leitos secos, Memória.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo refere-se a um estudo de caso, realizado no município goiano de
Hidrolândia – GO. Tal estudo discute, desde as perspectivas da História Ambiental e da
História Oral, as possibilidades do deslindamento de realidades históricas construídas sobre
paisagens que, na atualidade, são vistas como abjetos, devido o estado de degradação em que
se encontram. Dito de outro modo, se, por um lado, a historiografia, após o processo de
alargamento de suas abordagens temáticas, adotou os grandes e médios rios como importantes
fontes de pesquisa; por outro, esqueceu-se de uma colossal malha hidrográfica representada
por pequenos cursos d’água – riachos, regatos, ribeirões, sangradouros, entre outros, que, em
boa medida, encontra-se atualmente extinta ou agoniza diante de ações predatórias. Com base
nisso, a inquietação que conduz nossa investigação é a de saber para onde são mandados os
rios que secam. Assim, tentaremos mostrar que esses múltiplos espaços hidráulicos,
principalmente aqueles cujos leitos já secaram, participam diretamente da construção de
memórias, dado à importância que tiveram na vida de populações, outrora servidas por suas
águas, seja na produção de seus domínios socioeconômicos ou na construção dos mapas de
mundo ao seu redor.