Burocracia e a revolução gerencial — a persistência da dicotomia entre política e administração

Revista do Serviço Público

Endereço:
SAIS, Área 2-A.
Brasília / DF
70.610-900
Site: http://seer.enap.gov.br/index.php/RSP/index
Telefone: 61 2020-3152
ISSN: 2357-8017
Editor Chefe: Pedro Luiz Costa Cavalcante
Início Publicação: 31/10/1937
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Administração

Burocracia e a revolução gerencial — a persistência da dicotomia entre política e administração

Ano: 1997 | Volume: 48 | Número: 1
Autores: H. F. MARTINS
Autor Correspondente: H. F. MARTINS | [email protected]

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este ensaio trata da integração entre política e administração no contexto da
chamada revolução gerencial. O texto está estruturado em cinco segmentos. Os
dois primeiros delineiam uma interpretação weberiana do problema da burocracia:
a dicotomização entre política e administração, tanto no nível teórico da governança
contemporânea, onde propõe-se um quadro de referência analítica à integração
entre política e administração, quanto no contexto da modernização da
administração pública brasileira. O terceiro segmento busca caracterizar os atributos
do modelo ideal de administração pública preconizado pela revolução gerencial, a
partir da contraposição de outros paradigmas reconstituídos da literatura: um
ortodoxo, um liberal, outro empreendedor. O quarto segmento sustenta que os
modelos de administração pública preconizados pela revolução gerencial apresentam
o mesmo caráter dicotomizante entre política e administração típica da burocracia.
O sexto segmento ensaia algumas reflexões sobre a validade da revolução gerencial,
sua contribuição para a experiência brasileira e sobre o advento de uma revolução
pós-gerencial.



Resumo Inglês:

This essay is addressed to the politics-administration dichotomy in the context
of the so called managerial revolution. The text is divided into six parts. Parts 1
and 2 pose a weberian interpretation of the problem of bureaucracy: the politicsadministration
dichotomy. This interpretation is applied to the theoretical context
of contemporary governance, followed by a proposition of a conceptual framework
for politics-administration dichotomy, as well as to the context of the brazilian
public administration modernization. Part 3 seeks to characterize a pattern of public
administration proposed by the managerial revolution experience by contrasting
three different ideal types of public administration: orthodox, liberal and
enterpreneurial. Part 4 argues that the public administration paradigm proposed by
the managerial revolution carries the same dichotomizing trait presented in typical
bureucracy. Part 6 essays some reflections on the validity of the managerial revolution
experience as well as its contribution to the brazilian experience and the perspectives
of a post-managerial revolution.



Resumo Espanhol:

Este ensayo trata de la integración entre política y administración en el marco
de la llamada revolución gerencial.
El texto está estructurado en cinco segmentos. Los dos primeros delinean una
interpretación weberiana del problema de la burocracia: la dicotomización entre
política y administración, tanto en el nivel teórico de la gobernación contemporánea,
donde se propone un cuadro de referencia analítica a la integración entre política y
administración, como en el contexto de la modernización de la administración
pública brasileña. El tercer segmento trata de caracterizar los atributos del modelo
ideal de administración pública preconizado por la revolución gerencial a partir
de la contraposición de otros paradigmas reconstituidos de la literatura: uno
ortodoxo, uno liberal, otro emprendedor. El cuarto segmento sostiene que los
modelos de administración pública preconizados por la revolución gerencial
presentan el mismo carácter dicotomizante entre política y administración típica
de la burocracia. El quinto segmento ensaya algunas reflexiones sobre la validez de
la revolución gerencial, su aporte a la experiencia brasileña y sobre la llegada de
una revolución postgerencial.