O presente artigo tem como objetivo central contribuir para a discussão
acerca do trabalho profissional do Serviço Social num contexto de
profunda negação da vida, em que a mobilização de diversas habilidades,
expressas nas competências e atribuições privativas do assistente social, se
torna um componente fundamental para a afirmação dos princÃpios que orientam
o projeto ético-polÃtico defendido pela categoria ao longo dos últimos
decênios. Visa, ainda, indicar algumas tensões que se colocam aos profissionais
de Serviço Social que atuam no campo sociojurÃdico, como espaço sócioocupacional
açambarcado pela inflexÃvel tensão entre as requisições socioinstitucionais
que emergem na contemporaneidade – marcada pela criminalização,
judicialização e assistencialização das refrações da “questão socialâ€,e a intenção de consolidação do projeto profissional supracitado.
This article aims to contribute to the central argument about the
professional work of social work in a context of deep denial of life, in which
the mobilization of various skills expressed in the private competences and
attributions of social worker, becomes a key component for the statement of
principles that guide the ethical and political project defended by the category
over the last decades. It also aims to address some tensions faced by social
workers in juridical field, as the occupational embezzled by the unrelenting
tension between the social and institutional requests that emerge in contemporary
times – marked by the criminalization, and judicialization of refractions
of the “social question†– and the intention of consolidating the professional
project above.