A BIOGRAFIA COLETIVA FICTÍCIA DE VIVA O POVO BRASILEIRO

Revista de Letras

Endereço:
Av. Universidade, 2683. - Térreo - Benfica
Fortaleza / CE
60020-181
Site: http://www.periodicos.ufc.br/revletras/index
Telefone: (85) 9877-6074
ISSN: 0101-8051 / 2358-4793
Editor Chefe: Maria Elias Soares
Início Publicação: 31/12/1977
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

A BIOGRAFIA COLETIVA FICTÍCIA DE VIVA O POVO BRASILEIRO

Ano: 2001 | Volume: 1 | Número: 23
Autores: V. R. da C. Geremia
Autor Correspondente: V. R. da C. Geremia | [email protected]

Palavras-chave: biografia coletiva fictícia, tempo subjetivo, metaficção

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os avanços e retrocessos na ordem cronológica dos episódios narrados em Viva o povo brasileiro possibilitam a constatação da prevalência do tempo subjetivo sobre o objetivo na obra. Esse artigo procura, em particular, associar a estrutura da memória – na qual passado, presente e futuro mesclam-se de maneira dinâmica - ao romance de João Ubaldo Ribeiro, denominando-o como uma biografia coletiva fictícia. Valorizando a subjetividade de cada ponto de vista, tal ‘biografia’ ressalta a diferença entre o fato concreto e a sua narração (histórica ou fictícia), além de nos permitir atribuir a suas personagens o papel de ‘autores fictícios’. Entre elas, Patrício Macário identifica-se especialmente com João Ubaldo, assumindo importância vital para a metaficção desenvolvida. Ele é o último guardião da canastra que porta a memória do povo e, ao mesmo tempo, projeta sua identidade – funções exercidas também por Viva o povo brasileiro e, de maneira mais ampla, pela literatura em geral.



Resumo Inglês:

The advances and retrocessions in chronological order of narrated episodes in Viva o povo brasileiro makes possible to conclude that subjective time prevails over objective one in the book. This article intends to associate, particularly, the memory’s structure – in which past, present and future are mixed in a dinamic way - with the novel, denominating it as a fictious collective biography. Valorizing the subjectivity of each point of view, this ‘biography’ enphasizes the diference between concreete fact and his narration (historic or fictitious) and allows us to atribute to its characters the role of ‘fictitious authors’. Between them, Patrício Macário is especially identified with João Ubaldo, and assumes vital importance to the metaficion developed. He is the last guardian of the object that keeps people’s memory and projects his identity – attribution taken also by Viva o povo brasileiro and by literature in general