O presente artigo apresenta uma reflexão sobre a composição colaborativa daobra Berimbau para piano, voz e sons eletroacústicos. Os objetivos intentados foram: a) oferecer um panorama do estado da arte da pesquisa em colaboração artística (JOHN-STEINER, 2000; BARRET, 2014) e da criatividade distribuída (CLARKE; DOFFMAN, 2017); b) descrever brevemente as teorias da composição desenvolvidas por Laske (1991) e Reynolds (2002), iluminadas por Rios Filho (2010); e, a partir delas, c) propor uma reflexão sobre instâncias dedecisão compartilhada entre colaboradores com o objetivo de compor uma obra musical. Para tanto, utilizamos episódios do processo colaborativo da obra Berimbau para exemplificar as diversas fases e instâncias de decisão propostas no esquema. Acreditamos que o presente artigo possa ser somado às iniciativas de reflexão acerca da colaboração artística e oferecer alternativas para a compreensão e estudo de como os processos colaborativos podem ser desenvolvidos.
This article offers reflections about the collaborative process in creation of Berimbau for piano, voice and electroacoustic sounds. The intended objectives were: a) to offer a wide panorama of perspectives on the state of the art in research on artistic collaboration (JOHN-STEINER, 2000; BARRET, 2014) and of distributed creativity (CLARKE; DOFFMAN, 2017); b) to briefly describe the composition theories developed by Laske (1991) and Reynolds (2002), illuminated by Rios Filho (2010); and c) from those, reflect upon instances of shared decisionmaking between collaborators in the composition process of the work Berimbau. In order to do so, we refer to specific episodes from our collaboration process to exemplify the various phases and instances of decisions. We believe that the approach presented here complements other research in this area, contributing to deeper understanding of artistic collaboration.