Benefícios e riscos da prática de atividade física recreativa e/ou esportiva por pessoas com epilepsia

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ISSN: 19805918
Editor Chefe: Auristela Duarte Lima Moser
Início Publicação: 31/12/1988
Periodicidade: Trimestral

Benefícios e riscos da prática de atividade física recreativa e/ou esportiva por pessoas com epilepsia

Ano: 2011 | Volume: 24 | Número: 2
Autores: Rodrigo Luiz Vancini, Claudio Andre Barbosa de Lira, Fúlvio Alexandre Scorza, Ricardo Mario Arida
Autor Correspondente: Rodrigo Luiz Vancini | [email protected]

Palavras-chave: Epilepsia, Crise epiléptica, Exercício, Esporte.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A epilepsia é o distúrbio neurológico crônico mais comum no mundo. O tratamento farmacológico é essencial
na maioria dos casos. Entretanto, terapias não farmacológicas, como a prática de atividade física regular,
vêm sendo estudadas para o tratamento complementar desse distúrbio. Já está bem estabelecido que
programas de atividade física promovem benefícios sobre a aptidão física e a saúde. Contudo, pessoas com
epilepsia frequentemente são desencorajadas a participar desses programas. Essa relutância origina-se da
proteção excessiva dos profissionais da saúde e familiares, pois existe o receio que a prática de atividade
física possa predispor os indivíduos a lesões traumáticas ou que a fadiga resultante do esforço físico possa
precipitar uma nova crise epiléptica. Evidências crescentes mostram que a prática de atividade física é benéfica
para pessoas com epilepsia, havendo poucos achados mostrando o aumento da frequência de crises ou
do risco de lesão quando a doença está farmacologicamente controlada. Portanto, o objetivo da presente revisão
é apresentar os possíveis riscos e benefícios da prática de atividade física por pessoas com epilepsia.



Resumo Inglês:

Epilepsy is the most common chronic neurological disorder in the world. Pharmacological treatment is
essential in the majority of cases. However, nonpharmacologic therapies such as regular physical activity
have been studied in the treatment of epilepsy. It was well established that the regular physical activity
provides benefits on physical fitness and health. However, people with epilepsy are often discouraged
from participating in physical activity programs. This reluctance derived from overprotection of health’s
professionals and relatives, because there are fears that the practice of physical activity may predispose
individuals to traumatic injury or that fatigue resulting from physical effort can precipitate a seizure.
Growing evidence shows that regular physical activity is beneficial for individuals with epilepsy, with few
findings showing an increase in seizure frequency or risk of injury when the disease is pharmacologically
controlled. Therefore, the purpose of this review is to present the possible risks and benefits of regular
physical activity for people with epilepsy.