AVATARES: O USO DE MÁSCARAS DIGITAIS EM SIMULACROS VIRTUAIS

Revista de Letras

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ISSN: 0101-8051 / 2358-4793
Editor Chefe: Maria Elias Soares
Início Publicação: 31/12/1977
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

AVATARES: O USO DE MÁSCARAS DIGITAIS EM SIMULACROS VIRTUAIS

Ano: 2018 | Volume: 2 | Número: 37
Autores: Anderson Nowogrodzki da Silva
Autor Correspondente: Anderson Nowogrodzki da Silva | [email protected]

Palavras-chave: Interação comunicativa virtual. Simulacro virtual. Avatar. Identidades.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A interação comunicativa acontece, prototipicamente, dentro de um ecossistema linguístico, que é definido por Couto (2007) como o resultado da relação entre três elementos, sejam eles: uma população, uma língua e um território. Dessa forma, observam-se, em geral, nos estudos ecolinguísticos, as interações linguísticas que se desenvolvem entre interactantes num mesmo espaço. Porém, aprecia-se neste trabalho a extrapolação da comunicação face a face por meio do desenvolvimento tecnológico, na medida em que a internet e as redes digitais dão forma a complexos interacionais virtualizados, nos quais indivíduos se relacionam comunicativamente. O fenômeno da virtualização das interações decorre do processo de desterritorialização, que pode ser definido pela quebra no triângulo basilar do ecossistema linguístico, em que os espaços físicos das interações se perdem e passam a ser substituídos por simulacros virtuais, munidos de ferramentas que permitem emular as regras interacionais presentes na conversação. Apontar definições que melhor abarquem os conceitos de simulacro virtual e avatar, bem como analisar seu papel nas relações, é a tarefa a qual o presente trabalho se propõe. Pensa-se, portanto, nos contrastes que a interação comunicativa virtual produz. Por um lado, promove-se a democratização das informações e das opiniões de forma globalizada, por outro, abre-se uma lacuna para a criação de máscaras digitais, enquanto produção de identidades que podem ser reflexos, aproximações, distorções, ou criações fantasiosas em relação ao sujeito que as produz. Como base teórica para este estudo, utilizaram-se Couto (2007), como fundamento para os conceitos da Ecolinguística e Vetromille-Castro e Ferreira (2016), como suporte para o conceito de redes digitais . Percebeu-se que os simulacros virtuais possibilitam reproduzir a realidade e conectar interagentes em diferentes tempos e espaços. O afastamento espacial, a maleabilidade temporal e a ausência de um corpo físico permitem ao indivíduo modelar suas identidades e projetá-las num simulacro, dando forma a novos modos de interagir que não são previstos pela interação comunicativa prototípica.