Avaliação funcional do transplante autólogo heterotópico de ovários: estudo experimental em ratas

REVISTA MÉDICA DE MINAS GERAIS

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Editor Chefe: Enio Roberto Pietra Pedroso
Início Publicação: 31/08/1991
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Avaliação funcional do transplante autólogo heterotópico de ovários: estudo experimental em ratas

Ano: 2011 | Volume: 21 | Número: 4
Autores: Guilherme Velloso Diniz, Ishabella Karla Drumond Soares, Karina Miranda Brunelli, Laura Torres da Costa, Luiza Monteiro Rodrigues Magalhães, Taiane Nunes Barcellos
Autor Correspondente: Dr. Guilherme Velloso Diniz | [email protected]

Palavras-chave: Transplante Autólogo; Ovário; Ratos; Ovariectomia; Esfregaço Vaginal.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: nas últimas décadas, dois fatos têm sido constantemente relatados na literatura, o aumento de mulheres em idade reprodutiva com o diagnóstico de câncer e o aumento de idade das primíparas. Esses fatos têm estimulado estudos sobre estratégias de preservação da fertilidade feminina. Objetivos: avaliar, por meio de esfregaço vaginal e estudo morfológico, a viabilidade funcional do tecido ovariano transplantado. Métodos: foram usadas 30 ratas Wistar albinus, com função hormonal preservada, distribuídas aleatoriamente em seis grupos: G1. Controle – laparotomia; G2. Ooforectomia bilateral; G3. Ooforectomia bilateral, com implantação de um ovário íntegro na região femoral; G4. Ooforectomia bilateral, com implantação de um ovário fatiado na região femoral; G5. Ooforectomia bilateral, com implantação de um ovário íntegro no grande epiplon; G6. Ooforectomia bilateral, com implantação de um ovário fatiado no grande epiplon. Com 35 e 120 dias de pós-operatório, foram feitos esfregaços vaginais e retirada, para estudo morfológico, dos ovários transplantados. Com 150 dias, os grupos G3 a G6 foram submetidos a novo esfregaço vaginal. Resultados: todos os animais do grupo G1 apresentaram função hormonal. Todo o grupo G2 manteve-se em diestro. No grupo G3, quatro animais tinham padrão compatível com a fase estral no esfregaço de 35dias e um animal manifestou ovulação com 120 dias. No grupo G4, apenas um animal permaneceu em diestro pós-transplante. No G5 todos tinham ovário funcionante. No grupo G6, quatro apresentaram função hormonal com 35 dias e apenas três com 120 dias. Todos os esfregaços de 150 dias foram classificados como diestro Conclusões: o transplante autólogo de ovários é tecnicamente viável e a utilização do esfregaço vaginal para avaliar a função hormonal desse ovário também é viável, em ratas.