Avaliação das unidades de conservação brasileiras - uma segunda leitura

Revista Novos Cadernos Naea

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ISSN: 15166481
Editor Chefe: Edna Maria Ramos de Castro
Início Publicação: 31/05/1998
Periodicidade: Semestral

Avaliação das unidades de conservação brasileiras - uma segunda leitura

Ano: 2012 | Volume: 15 | Número: 1
Autores: José Augusto Drummond, José Luiz de Andrade Franco, Daniela de Oliveira
Autor Correspondente: José Augusto Drummond | [email protected]

Palavras-chave: Política ambiental, Áreas protegidas, Biodiversidade tropical, Parques Nacionais, Florestas Nacionais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho oferece uma segunda panorâmica da
situação encontrada no sistema brasileiro de unidades de
conservação em meados de 2010. Atualiza um texto anterior
(DRUMMOND et al., 2009) que empregou dados validos para
2005. Examina as seguintes variáveis das áreas de proteção
federais e estaduais - idade, números, tipos de unidades,
tamanhos absolutos e médios, distribuição por estados e
biomas, e grau de adequação com os objetivos defi nidos pela
CDB (Convenção sobre Diversidade Biológica). Principais
resultados: (i) o sistema manteve um período de crescimento
de 32 anos; (ii) os parques nacionais e as fl orestas nacionais,
continuam sendo as unidades do sistema mais proeminentes;
(iii) a distribuição de unidades por região e bioma continua
desequilibrada; (iv) as unidades estaduais cresceram de
forma importante nos últimos cinco anos e praticamente
se articularam com as áreas das unidades federais; (v) as
unidades estaduais estão fortemente orientadas para o uso
sustentável; (vi) o uso sustentável das unidades avançou em
relação ao anterior predomínio de áreas de proteção total;
(vii) a Amazônia permanece como o bioma mais amplamente
protegido; e (viii) os objetivos quantitativos de proteção dos
biomas propostos (de acordo com as diretrizes da CDB)
encontram-se mais próximos, apesar de que o predomínio
das unidades de uso sustentável levanta dúvidas em relação à
possibilidade real de se atingirem tais metas. Em 2010, o Brasil
atingiu uma posição de destaque na classifi cação global das
suas áreas protegidas - quarto lugar no mundo, com a maior
quantidade de unidades sendo criadas entre 2000-2010, e a
maior área combinada de formações tropicais protegidas.
No entanto, várias regiões e biomas permanecem ainda
pouco protegidos. Além disso, trata-se de um sistema grande
e complexo, que demanda por melhores padrões de gestão.



Resumo Inglês:

This text provides a second overview of the Brazilian
conservation unit system as it stood in mid-2010. It
updates an earlier text (DRUMMOND et al., 2009)
that used data valid for 2005. It examines the following
dimensions of federal and state protected areas – age,
numbers, types of units, absolute and average sizes,
distribution by states and biomes, and degree of
compliance with CBD-inspired goals. Major fi ndings:
(i) the system maintained a 32-year rapid growth
rate; (ii) national parks and national forests continue
to be the most prominent units in the system; (iii)
distribution of units by region and biome remains
unbalanced; (iv) state units grew remarkably over the
last fi ve years and have almost tied with the combined
area of federal units, (v) state units are strongly biased
towards sustainable use; (vi) sustainable use units
advanced in their general predominance over fully
protected units; (vii) Amazonia remains the most
extensively protected biome; and (viii) quantitative
goals of biome protection proposed (under CBD
guidelines) are closer to being reached, but the
predominance of sustainable use units raises doubts
about the viability of reaching such goals. In 2010
Brazil reached an outstanding status in the global
ranking of its protected areas - fourth in the world,
the largest amount of units created in 2000-2010,
and the largest combined area of protected tropical
formations. However, several regions and biomes
remain under protected. Also, the system is large
and complex, demanding improved management
standards.