Avaliação da força muscular respiratória de crianças segundo a classificação do índice de massa corporal

Revista Paulista De Pediatria

Endereço:
Alameda Santos, 211 - 5° andar, Conj. 501/502/511/512
São Paulo / SP
Site: http://www.spsp.org.br
Telefone: (11) 3284-9809
ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Avaliação da força muscular respiratória de crianças segundo a classificação do índice de massa corporal

Ano: 2014 | Volume: 32 | Número: 2
Autores: G. J. Rosa, C. I. Schivinski
Autor Correspondente: C. I. Schivinski | [email protected]

Palavras-chave: força muscular; músculos respiratórios; criança; índice de massa corporal.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO:
Avaliar e comparar a força muscular respiratória de escolares eutróficos, com sobrepeso e obesos, bem como identificar variáveis antropométricas e respiratórias que se relacionem com os resultados.
MÉTODOS:
Estudo transversal com escolares hígidos de sete a nove anos, divididos em três grupos: Eutróficos, Sobrepeso e Obesos. Aplicou-se o questionário do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) e avaliaram-se o índice de massa corpórea (IMC), o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), por meio de um leitor digital portátil, e as pressões inspiratórias e expiratórias máximas (PIMáx e PEMáx), medidas por manovacuometria digital. Compararam-se os grupos pelo teste de Kruskal-Wallis. Aplicou-se o coeficiente de correlação de Spearman para analisar correlações entre as variáveis.
RESULTADOS:
A PIMáx de escolares eutróficos foi maior que a dos portadores de sobrepeso (p=0,043) e a dos obesos (p=0,013). A PIMáx correlacionou-se com o percentil e a classificação do IMC (r=-0,214 e r=-0,256) e a PEMáx, com a estatura (r=0,328). Ambas as pressões mostraram forte correlação entre si em todas as análises (r≥0,773) e fraca correlação com VEF1 (PIMáx - r=0,362 e PEMáx - r=0,494). O VEF1 correlacionou-se com a PEMáx nos três grupos (r=0,429-0,569) e com a PIMáx no Grupo Obeso (r=0,565). A idade apresentou relação com as variáveis VEF1 (r=0,578), PIMáx (r=0,281) e PEMáx (r=0,328).
CONCLUSÕES:
Escolares obesos e com sobrepeso apresentaram valores inferiores de PIMáx em comparação aos eutróficos. Os achados apontam para a influência de variáveis antropométricas na força muscular respiratória em crianças.