A automedicação em acadêmicos de cursos de graduação da área da saúde em uma Universidade privada do estado do Rio Grande do Sul
Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção
A automedicação em acadêmicos de cursos de graduação da área da saúde em uma Universidade privada do estado do Rio Grande do Sul
Autor Correspondente: Andréia Rosane de Moura Valim | [email protected]
Palavras-chave: Automedicação, estudantes de Ciências da Saúde, medicamentos
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
A Organização Mundial de Saúde defi ne automedicação como a seleção e o uso de medicamentos por indivÃduos
para tratamento de suas enfermidades ou sintomas. É considerada um problema de saúde pública que merece atenção especial,
uma vez que apresenta riscos, em razão das reações medicamentosas adversas, trazendo consequências sérias, podendo culminar com
a morte do usuário. O objetivo desta pesquisa foi verifi car a prevalência e as caracterÃsticas da automedicação realizada por alunos da
graduação na área da saúde em uma universidade comunitária, bem como os sintomas que levaram a essa prática. Materiais e Métodos:
foi realizada uma pesquisa observacional quantitativa, por meio de questionários estruturados e pré-codifi cados, entre os estudantes do
5º e 6° semestres dos cursos de Biologia (licenciatura e bacharelado), Educação FÃsica (licenciatura e bacharelado), Enfermagem, Farmácia,
Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Odontologia e Psicologia da Universidade de Santa Cruz do Sul. Resultados: foram avaliados 342 alunos,
sendo 74% do sexo feminino, com idade variando entre 18 e 50 anos, cuja faixa etária prevalente foi a de 21-30 anos, onde se encontravam
71,4% dos estudantes. A prevalência do uso de medicamentos entre os pesquisados foi de 68,7% no último mês, com uma média de
2 medicamentos por aluno. Os medicamentos consumidos foram distribuÃdos em com prescrição médica em 282 casos (59,1%), sob
automedicação em 139 casos (29,1%), sob orientação farmacêutica em 25 casos (5,2%) e sem resposta em 31 casos (6,6 %). As classes de
medicamentos mais utilizadas foram analgésicos/antitérmicos (48,2%), antiinfl amatórios (14,2%) e antiácidos (9,9%). As principais fi nalidades
motivadoras da automedicação foram cefaleia (14,4%), distúrbios digestivos (13,2%), contracepção (7,2%) e dores em geral (6,0%). Conclusão:
a automedicação é uma prática frequente entre estudantes da área da saúde, onde aproximadamente um terço referiu realizar tal prática.
Resumo Inglês:
The World Health Organization defi nes self-medication as the selection and use of medicines by individuals
to treat their illnesses or symptoms. It is considered a public health problem that deserves special attention, since it presents
risks, because of adverse drug reactions, bringing serious consequences and may lead to the death. To determine the prevalence
and characteristics of self-medication realized by undergraduate students enrolled in health courses in a community college, as
well the symptoms that led to this practice. Methods: This study was an observational and quantitative research, where it was used
structured and pre-coded questionnaires to obtains the data, among students enrolled at 5th and 6th semesters of Biology, Physical
Education, Nursing, Pharmacy, Physiotherapy, Medicine, Nutrition, Dentistry and Psychology at the University of Santa Cruz do Sul.
Results: 342 students were evaluated, 74% female, aged between 18 and 50, which was the most prevalent age group of 21-30 years,
which were 71.4% of students. The prevalence of medicines used among those surveyed was 68.7% last month, with an average of
2 medications per student. The medications were distributed by medical prescription in 282 cases (59.1%), under self-medication
in 139 cases (29.1%), oriented by a pharmaceutical in 25 cases (5.2%) and no response in 31 cases (6.6%). The classes of drugs most
used were analgesics/antipyretics (48.2%), NSAIDs (14.2%) and antacids (9.9%). The main purpose of motivating self-medication
were headache (14.4%), digestive disorders (13.2%), contraception (7.2%) and general pain (6.0%). Conclusion: Self-medication is a
common practice among students in the health area, where about a third reported conduct such practice.