AUTOCYBERBULLYING NA ADOLESCÊNCIA: EMOÇÕES, REPROVAÇÃO ESCOLAR E OUTROS FATORES ASSOCIADOS

Revista Educação, Psicologia e Interfaces

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ISSN: 2594-5343
Editor Chefe: Maria Luzia da Silva Santana
Início Publicação: 13/10/2017
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

AUTOCYBERBULLYING NA ADOLESCÊNCIA: EMOÇÕES, REPROVAÇÃO ESCOLAR E OUTROS FATORES ASSOCIADOS

Ano: 2018 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: M.F.H. Figueiredo, A.P. M. Matos
Autor Correspondente: M.F.H. Figueiredo | [email protected]

Palavras-chave: Autocyberbullying. Adolescência. Autoagressão digital. Reprovação acadêmica.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O autocyberbullying traduz uma forma de autoagressão premeditada e anónima, concretizada predominantemente nas redes sociais, nos jogos online e SMS. As vítimas autoagressivas procuram, sobretudo, aliviar estados de angústia, raiva e frustração, alertar para situações de vitimização por qualquer forma de bullying ou conquistarem atenção. A prevalência desta forma de autoagressão digital entre os adolescentes portugueses permanece desconhecida. Este estudo exploratório, transversal, descritivo e quantitativo teve como objetivo conhecer a prevalência do autocyberbullying, a sua relação com algumas variáveis sociodemográficas e com a reprovação escolar. Participaram 914 adolescentes do 3º ciclo, sendo 50,3% rapazes. Foi usado o Questionário Perceção dos Alunos sobre Autocyberbullying, aplicado online. Realizaram-se análises estatísticas, descritivas e inferenciais. Como principais resultados destacam-se a prevalência de 7,4%, sendo 68,7% rapazes e a correlação significativa entre a reprovação e autocyberbullying. Verificou-se que, no grupo de autocyberbullies, os alunos que já tinham reprovado apresentavam uma média de frequência do comportamento autocyberbullying, superior à dos que nunca tinham reprovado. Evidencia-se que o mal-estar que este comportamento proporciona requer a atenção dos profissionais da saúde, da educação e dos pais, a definição de políticas conjuntas de educação e saúde e uma intervenção que previna este comportamento nos adolescentes. Sugere-se que combater o insucesso pode constituir uma estratégia de intervenção secundária que vise prevenir o autocyberbullying. É importante retomar o tema em estudos futuros de caráter mais amplo.