O associativismo dos agricultores familiares dedicados à cafeicultura orgânica em
Rondônia, foi incentivado pela Diocese de Ji-Paraná, preocupada com o avanço do
desmatamento, contaminação da água, solos e pelo grande número de doenças provenientes
das condições precárias de saneamento das comunidades. As lideranças investiram no
fortalecimento das associações, no cultivo orgânico e no comércio justo, como forma de
preservar a biodiversidade, reduzindo os efeitos da comercialização monopolista, incentivando
procedimentos alternativos de saúde pública e contribuindo para o aumento da qualidade de
vida e da geração de renda dos agricultores familiares. No entanto o processo apresenta
diferenciações, pois algumas associações adotaram procedimentos empresariais, e outras se
mantiveram nas práticas camponesas. Elaboramos um balanço mostrando estas diferenciações
e os avanços e dilemas com que se defrontam as associações dedicadas ao cultivo do café
orgânico e ao comércio justo, como também propostas visando à resolução de problemas
enfrentados por estas organizações localizadas na Amazônia, particularmente no Centro de
Rondônia.