Assentamentos de gênese ilegal no Brasil contemporâneo: conflitos e resistências na regularização

Revista Brasileira de Direito Urbanístico | RBDU

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ISSN: 2448-1386
Editor Chefe: Ligia Maria Silva Melo de Casimiro; Alexandre Godoy Dotta
Início Publicação: 01/07/2015
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Administração, Área de Estudo: Arquitetura e urbanismo, Área de Estudo: Direito, Área de Estudo: Engenharia ambiental, Área de Estudo: Engenharia civil, Área de Estudo: Engenharia de transportes, Área de Estudo: Engenharia elétrica, Área de Estudo: Engenharia sanitária, Área de Estudo: Multidisciplinar

Assentamentos de gênese ilegal no Brasil contemporâneo: conflitos e resistências na regularização

Ano: 2017 | Volume: 3 | Número: 5
Autores: Laura Machado de Mello Bueno, Larissa Ribeiro Lima, Bruna Pimentel Cilento
Autor Correspondente: Laura Machado de Mello Bueno | [email protected]

Palavras-chave: assentamentos de baixa renda, remoção forçada, regularização fundiária e urbanística

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A política oficial de moradia no Brasil, focando assentamentos de baixa renda, apresenta contínuo processo de remoção de pessoas e demolição de residências declaradas de risco, precárias. Parte dos assentamentos poderiam ser regularizados, mas há morosidade, implementação parcial e casos de remoção que envolvem conflito fundiário sobre a posse. Aqui foram estudados casos de interesse pelo contraste. O Pinherinho, São José dos Campos/SP, ocupação de 2004 que sofreu despejo em 2012 e cujos moradores vivem desde dezembro de 2016 em Residencial do Programa Minha Casa Minha Vida, com problemas urbanísticos e construtivos. O Loteamento São Bento do Recreio, Valinhos/SP, lotes comprados por “contratos de gaveta” em área rural nos anos 1970, consolidou-se, adensou-se e em 2015 teve uma das quadras com regularização registrada em Cartório, por Demarcação Urbanística e Legitimação de Posse. Foram estudados os instrumentos legais de controle e registro da propriedade da terra e de regularização fundiária, os investimentos públicos e a morfologia urbana dos locais, determinantes na disputa pelo direito à cidade e à moradia e possibilidades de remoção ou regularização. Os casos mostram descompasso entre avanços legais sobre o acesso à terra urbana através da regularização e sua implementação nos processos jurídico-administrativos. A mudança recente (MP 749/dezembro de 2016) da legislação federal indica a forte resistência à implementação do acesso à terra urbanizada e do controle da propriedade ociosa. Ameaça de despejo, reassentamento e regularização parcial colocam esses sujeitos sociais em constante insegurança eprovisoriedade.