ASPECTOS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS DA SÍFILIS GESTACIONAL NO NORDESTE DO BRASIL

Revista Ciência Plural

Endereço:
Av. Senador Salgado Filho 1787, Lagoa Nova
Natal / RN
59056-000
Site: http://www.periodicos.ufrn.br/rcp
Telefone: (84) 3442-2338
ISSN: 2446-7286
Editor Chefe: Iris do Céu Clara Costa
Início Publicação: 23/04/2015
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Saúde coletiva

ASPECTOS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICOS DA SÍFILIS GESTACIONAL NO NORDESTE DO BRASIL

Ano: 2022 | Volume: 8 | Número: 1
Autores: S. S. Sousa, Y. B. Silva, I. M. L. Silva, H. F. C. Oliveira, A. G. S. Castro, A. C. A. A. Filho.
Autor Correspondente: A. C. A. A. Filho. | [email protected]

Palavras-chave: Sífilis, Gestantes, Perfil de Saúde, Saúde Materna.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Introdução: A  sífilis  é  uma  das  infecções  transmissíveisde  maior  impacto  global. Quando  acomete  em  gestante  é  denominada  sífilis  gestacional,  que  pode  ocasionar resultados fetais graves e também a sífilis congênita, que tem sido uma das principais responsáveis  pela  alta  carga  de  morbimortalidade  de  recém-nascidos.  Por  conta disso,  a  sífilis  gestacional  tem  atraído  ações  mundiais  em  prol  do  seu  combate, porém, apesar dos esforços, há um aumento persistente, ano após ano dessa infecção, principalmente  no  Nordeste  brasileiro. Objetivo: Descrevero  perfil  epidemiológico da   sífilis   gestacional   no   Nordeste   brasileiro,   entre   os   anos   de   2014   e   2018. Metodologia: Estudo    descritivo,    transversal,    realizado    por    meio    de    dados secundários de casos confirmados de sífilis em gestante entre os anos de 2014 a 2018, em todos os Estados do Nordeste brasileiro. As variáveis investigadas são referentes ao   perfil   sociodemográfico   materno   (idade,   escolaridade   e   cor/raça),   à   idade gestacional  e  à  classificação  clínica  da  sífilis. Resultados: No  período  investigado foram  notificados 41.605  casos  de  sífilis  em  gestantes,  com  aumento  expressivo  de quase  287%  do  ano  de  2014  (5.137  casos)  para  2018  (14.507  casos).Entre  os  Estados nordestinos,   os   números   foram   mais   alarmantes,   respectivamente,   em:   Bahia, Pernambuco,  Ceará  e  Maranhão.  Observou-se,  entre  os  casos,  predomínio  de  mães na faixa etária de 20 a 29 anos, com ensino fundamental incompleto, de raça parda e diagnosticadas   no   3º   trimestre   com   sífilis   primária. Conclusões: O   estudo demonstrou   que   os  casos   de   sífilis   cresceram   gradativamente,   o   que   indica   a necessidade  de  intervenções  precoces  tanto  no  rastreio  como  no  tratamento  das gestantes e dos seus parceiros, a fim de minimizar os casos de sífilis congênita.



Resumo Inglês:

Introduction: Syphilis is one of the most globally impacted communicable infections. When  it  affects  a  pregnant  woman,  it  is  called  gestational  syphilis,  which  can  cause serious  fetal  results  and  also  congenital  syphilis,  which  has  been  one  of  the  main factors  responsible  for  the  high  burden  of  morbidity  and  mortality  of  newborns. Because of this, gestational syphilis has attracted worldwide actions in order to fight it,  however,  despite  efforts,  there  is  a  persistent  increase,  year  afteryear,  of  this infection,  mainly  in  Northeast  Brazil. Objective: To describethe  epidemiological profile  of  gestational  syphilis  in  Northeastern  Brazil,  between  the  years  2014  and 2018. Methodology: Descriptive,  cross-sectional  study,  carried  out  using  secondary data from confirmed cases of syphilis in pregnant women between the years 2014 to 2018,  in  all  states  in  the  Northeast  of  Brazil.  The  investigated  variables  refer  to  the maternal sociodemographic profile (age, education and color / race), gestational age and  the  clinical  classification  of  syphilis. Results: During  the  investigated  period 41,605 cases of syphilis were reported in pregnant women, with a significant increase of   almost   287%   from   2014   (5,137   cases)   to   2018   (14,507   cases).   Among   the Northeastern   states,   the numbers   were   more   alarming,   respectively,   in:   Bahia, Pernambuco,  Ceará  and  Maranhão.  Among  the  cases,  there  was  a  predominance  of mothers  aged  20  to  29  years,  with  incomplete  elementary  education,  of  mixed  race and  diagnosed  in  the  3rd  trimester  with  primary  syphilis. Conclusions: The  study demonstrated that the cases of syphilis grew gradually, which indicates the need for early  interventions  both  in  the  screening  and  in  the  treatment  of  pregnant  women and their partners, in order to minimize the cases of congenital syphilis.



Resumo Espanhol:

Introducción: La  sífilis  es  una  de  las  infecciones  transmisibles  con  mayor  impacto  a nivel mundial. Cuando afecta a una mujer embarazada se le llama sífilis gestacional, que  puede  ocasionar  severos  resultados  fetales  y  también  sífilis  congénita,  que  ha sido  uno  de  los  principales  factores  responsables  de  la  alta  carga  de  morbilidad  y mortalidad  de  los  recién  nacidos.  Debido  a  esto,  la  sífilis  gestacional  ha  atraído acciones a nivel mundial para combatirla, sin embargo, a pesar de los esfuerzos, hay un aumento persistente, año tras año, de esta infección, principalmente en el noreste de  Brasil. Objetivo: Describirel  perfil  epidemiológico  de  la  sífilis  gestacional  en  el noreste  de  Brasil,  entre  los  años  2014  y  2018. Metodología: Estudio  descriptivo, transversal,  realizado  con  datos  secundarios  de  casos  confirmados  de  sífilis  en gestantes entre los años 2014 a 2018, en todos los estados del Nordeste de Brasil. Lasvariables  investigadas  están  relacionadas  con  el  perfil  sociodemográfico  materno (edad,  educación  y  color  /  raza),  la  edad  gestacional  y  la  clasificación  clínica  de  la sífilis. Resultados: En  el  período  investigado  se  reportaron  41.605  casos  de  sífilis  enmujeres  embarazadas,  con  un  incremento  significativo  de  casi  287%  desde  2014 (5.137 casos) hasta 2018 (14.507 casos). Entre los estados del noreste, las cifras fueron más  alarmantes,  respectivamente,  en:  Bahía,  Pernambuco,  Ceará  y  Maranhão.  Entre los  casos,  hubo  predominio  de  madres  de  20  a  29  años,  con  educación  primaria incompleta,  raza  morena  y  diagnosticadas  en  el  3er  trimestre  de  sífilis  primaria. Conclusiones: El estudio demostró que los casos de sífilis crecieron paulatinamente, lo que indica la necesidad de intervenciones tempranas tanto en el cribado como en el tratamiento de la gestante y sus parejas, con el fin de minimizar los casos de sífilis congénita.