Arte interativa e o inconsciente maquínico

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ISSN: 2526-1789
Editor Chefe: Gilbertto Prado
Início Publicação: 11/10/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Arquitetura e urbanismo

Arte interativa e o inconsciente maquínico

Ano: 2018 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: F. Fogliano
Autor Correspondente: F. Fogliano | [email protected]

Palavras-chave: Arte interativa, Software, Inteligência artificial, Robôs de conversação.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A história da tecnologia é também aquela em que a cultura permitiu a externalização das potencialidades humanas através de instrumentos e máquinas. O surgimento dos computadores parece dar continuidade àquele processo da expansão para o ambiente, ou extrassomatização, de nossos cé- rebros e capacidades cognitivas. Interessa-nos neste estudo considerar que sistemas automatizados construídos com base no uso da Inteligência Artificial, principalmente aqueles utilizados em obras de arte interativa, possam ser entendidos como extrassomatização de um particular aspecto dos processos cognitivos: o automatismo inconsciente. As linguagens computacionais estão no bojo desse processo, entendidas aqui também como parte de um fenômeno de complexificação da cultura. Pretende-se refletir sobre o papel criativo ensejado por processos automáticos inteligentes, desempenhados pelos sistemas interativos, entendidos como a possibilidade tecnológica de concretizar, nas máquinas, ações inconscientes complexas, uma espécie de gestualidade maquínica, fruto de um inconsciente maquínico.



Resumo Inglês:

The history of technology is also the one in which culture allowed the externalization of human potentialities through instruments and machines. The emergence of computers seems to give continuity to that process of the expansion into the environment, or extra somatization of our brains and cognitive abilities. It is interesting in this study to consider that automated systems, based on the use of Artificial Intelligence, especially those used in interactive art works, can be understood as extra somatization of a special aspect of the cognitive processes: the unconscious automatism. Computational languages live at the heart of this process, understood here as part of a phenomenon of cultural complexity. The aim is to reflect on the creative role played by intelligent automatic processes, performed by interactive systems, understood as the technological possibility of realizing, in machines, complex unconscious actions, a kind of machinic gesturality, from a a machinic unconscious.