A aporia no Teeteto de Platão: por uma filosofia perene

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ISSN: 23578297
Editor Chefe: Fabrício Klain Cristofoletti
Início Publicação: 06/02/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

A aporia no Teeteto de Platão: por uma filosofia perene

Ano: 2019 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Jefferson Alves de Aquino
Autor Correspondente: Jefferson Alves de Aquino | [email protected]

Palavras-chave: Aporia. Dialética. Ciência/Opinião. Ser/Não-Ser. Forma/Expressão.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Segundo a edição da Universidade de Oxford, a obra de Platão fora pensada estruturalmente a partir da organização dos diálogos em tetralogias. O Teeteto, diálogo aqui estudado, antecederia O Sofista e O Político e daria seguimento ao Crátilo. É com o Teeteto que Platão almeja alcançar a fundamentação do conhecimento através de uma reta definição da ciência. A investigação finda negativamente, dado que as definições propostas, da ciência como sensação, como opinião verdadeira e opinião verdadeira acompanhada de razão, mostram-se insuficientes para solucionar tanto o problema do saber, como da existência do erro. Defendemos neste artigo que a aporia do Teeteto é proposital, a fim de fazer ver que a busca do saber não pode prescindir de um retorno à ontologia, o que Platão intentará comprovar no diálogo que dá sequência a este, o Sofista, realizando a revisão de sua própria filosofia. A aporia no Teeteto implica o reconhecimento, pois, de que cada diálogo platônico deve ser visto a partir de si, de sua discussão autônoma, dramaticamente encerrada em si mesma, porém igualmente a partir da contínua revisão e acréscimos de diálogos posteriores, o que caracteriza uma filosofia aberta, perenemente em construção, unindo forma de expressão e pensamento expresso.



Resumo Espanhol:

Segundo la edición de la Universidad de Oxford, la obra de Platón fuera pensada estructuralmente a partir de la organización de los diálogos en tetralogías. El Teeteto, diálogo acá presentado, antecedería El Sofista y El Político, y daría seguimiento a lo Crátilo. Es con el Teeteto que Platón intenta alcanzar la fundamentación del conocimiento a través de una reta definición de la ciencia. La investigación cesa negativamente, una vez que las definiciones propuestas, de la ciencia como sensación, como opinión verdadera y opinión verdadera acompañada por la razón, se muestran insuficientes para solucionar tanto el problema del saber, cuanto la existencia del error. Defendemos en este trabajo a la aporía del Teeteto algo deliberado, en el sentido de hacer ver que la búsqueda del saber no puede prescindir de un regreso al ontología, lo que Platón intentará comprobar en el diálogo de El Sofista, realizando la revisión de su propia filosofía. La aporía en el Teeteto implica en el reconocimiento, pues, de que cada diálogo platónico debe ser visto a partir de si, de su discusión autónoma, dramáticamente encerrada en si misma. Pero, igualmente, a partir de la continua revisión e acrecimos de diálogos posteriores, lo que caracteriza una filosofía abierta, perenemente en construcción, uniendo forma de expresión y pensamiento expreso.