Aplicação da Lei de Benford nos números de casos confirmados de COVID-19 em diferentes países

REMAT: Revista Eletrônica da Matemática

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ISSN: 2447-2689
Editor Chefe: Greice da Silva Lorenzzetti Andreis
Início Publicação: 02/08/2015
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Exatas, Área de Estudo: Matemática

Aplicação da Lei de Benford nos números de casos confirmados de COVID-19 em diferentes países

Ano: 2021 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: Rhômulo Oliveira Menezes
Autor Correspondente: Rhômulo Oliveira Menezes | [email protected]

Palavras-chave: COVID-19; Números de Casos Confirmados; Lei de Benford; Teste de Comparação de Frequências

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A Lei de Benford afirma que, em conjuntos de números aleatórios, a probabilidade de o primeiro dígito desses números ser 1 é maior do que a dos dígitos seguintes. Dessa forma, a distribuição proposta por essa lei mostra que o 1 tem aproximadamente 30,1% de chances de ser o primeiro; em seguida, o dígito 2, com 17,6%; o 3, com 12,5% e assim por diante, até chegar ao dígito 9, com 4,6% de chance. Nesse contexto, assume-se, como objetivo, verificar se a Lei de Benford se aplica aos números de casos confirmados da doença COVID-19 em diferentes países. A pesquisa, do tipo quantitativa, tratou e analisou dados coletados no site da Organização Mundial de Saúde (OMS) dos seguintes países, escolhidos aleatoriamente, conforme notoriedade nas mídias nacionais e internacionais: China, Itália, Nova Zelândia, Brasil e Estados Unidos da América (EUA). Para avaliar a discrepância entre as frequências relativas observadas e esperadas, utilizou-se o teste de comparação de frequências. Os resultados encontrados mostraram que os números da China e da Nova Zelândia tiveram X² calculado menor que o X² crítico, enquanto a Itália, o Brasil e os EUA tiveram X² calculado maior que o X² crítico, todos em um nível de significância de 5%. Assim, concluiu-se que a Lei de Benford aplicou-se aos números de casos confirmados da doença COVID-19 na China e na Nova Zelândia, sendo rejeitada pelos números de casos confirmados da doença COVID-19 na Itália, no Brasil e nos EUA.



Resumo Inglês:

Benford’s Law states that in sets of random numbers the prospect of the first digit of these numbers being 1 is greater than that of the following digits. Thus, the distribution proposed by Benford’s law shows that number 1 has approximately a 30.1% chance of being the first digit then the digit 2, with 17.6%, digit 3, with 12.5%, and so on, until number 9 is reached, having a 4.6% chance. In this context, the objective of the study is to verify whether this law applies to the numbers of confirmed cases of COVID-19 in different countries. The research, employing a quantitative method, treated and analyzed data collected on the World Health Organization (WHO) website, selecting the following countries, chosen randomly, according to the notoriety received in national and international media: China, Italy, New Zealand, Brazil and the United States of America (USA). To assess the discrepancy between the observed and expected relative frequencies, the frequency comparison test was used. The results found demonstrated that the numbers for China and New Zealand had calculated X² smaller than the critical X², while Italy, Brazil and the USA had calculated X² greater than the critical X², all at a 5% significance level. Consequently, it was concluded that Benford’s Law applied to the numbers of confirmed cases of COVID-19 disease in China and New Zealand, being rejected by the numbers of confirmed cases of COVID-19 disease in Italy, Brazil and the USA.