Analogia humeana entre a ação moral e o movimento mecânico: uma interpretação para a relação entre as paixões e a razão

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ISSN: 1983-2109
Editor Chefe: Dax Moraes
Início Publicação: 30/11/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

Analogia humeana entre a ação moral e o movimento mecânico: uma interpretação para a relação entre as paixões e a razão

Ano: 2011 | Volume: 18 | Número: 29
Autores: Andreh Sabino Ribeiro
Autor Correspondente: A. S. Ribeiro | [email protected]

Palavras-chave: Filosofia moral e filosofia natural, Hume, Paixões, Razão

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste artigo consiste em apresentar a analogia que David Hume (1711 – 1776) estabelece entre a ação moral e o movimento mecânico como indicativo claro de sua compreensão acerca da relação entre a razão (direção) e as paixões (força) na conduta humana. Estendendo-se desde a epistemologia moral de Hume até sua moral social, a noção que carrega a referida analogia serviria para endossar a tese de que o filósofo escocês almejava ser uma espécie de “Newton das ciências morais”. Isto significava pensar a filosofia moral dentro dos limites da natureza e permitir-lhe uma autonomia investigativa, especialmente em relação à instância religiosa. O próprio projeto filosófico de Hume seria performático da imagem do movimento, enquanto formado por uma composição indissociável entre o impulso do conteúdo de tendência sentimentalista, na esteira de Shaftesbury e Hutcheson, e o direcionamento metodológico do rigor empirista de origem baconiana-newtoniana.



Resumo Inglês:

The aim of this paper is to show the analogy that David Hume (1711 - 1776) makes between moral action and the mechanical movement as a clear indication of his understanding of the relationship between reason (direction) and passions (force) in human conduct. Stretching from Hume's moral epistemology to his social theory, the notion that carries this analogy would serve to endorse the view that the Scottish philosopher was trying to become a sort of "Newton of the moral sciences." This meant thinking about moral philosophy within the limits of nature and allowing an independent research, especially in relation to the religious tradition. Hume´s philosophy could be also a performative image of the movement, while an inseparable composition made of the impulse of the contents of sentimental trend, according to Shaftesbury and Hutcheson, and the direction of the empirical methods come from Francis Bacon and Isaac Newton.