Análise infinita e estrutura lógica das proposições contingentes segundo Leibniz

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ISSN: 23578297
Editor Chefe: Fabrício Klain Cristofoletti
Início Publicação: 06/02/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

Análise infinita e estrutura lógica das proposições contingentes segundo Leibniz

Ano: 2020 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: Vivianne de Castilho Moreira
Autor Correspondente: Vivianne de Castilho Moreira | [email protected]

Palavras-chave: Proposições de essência. Proposições de existência. Contingência. Análise. Demonstração.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo destina-se a investigar que consequências a tese leibniziana de que a distinção modal entre proposições necessárias e contingentes pode ser tratada em termos da distinção entre análise finita e análise infinita acarreta para a estrutura lógica das proposições contingentes. Veremos que, por força daquela tese, a estrutura de uma proposição contingente ganha contornos muito peculiares, de tal modo que não apenas as condições de verdade desse tipo de proposição, mas mesmo suas condições de sentido envolvem uma série infinita, em que pese a experiência nos dispense de percorrer essa série para compreender aquele sentido. Veremos também que a verdade ou a falsidade de uma proposição contingente se determina por sua comparação com o que sucede efetivamente, sendo que sua contingência não requer e não remete a nenhum pretenso outro mundo possível no qual seu valor de verdade fosse supostamente diferente de seu valor de verdade neste mundo existente.



Resumo Inglês:

This paper is intended to investigate what consequences the Leibnizian thesis that the modal distinction between necessary and contingent propositions may be considered on the basis of the distinction between finite and infinite analysis entails regarding to the logical structure of contingent propositions. As we shall see, thanks to that thesis, the structure of a contingent proposition takes on a very particular shape, in such a way that not only the truth-conditions of such a proposition, but even its sense-conditions involve an infinite series, even though experience dispenses us from going through the whole series in order to understand the sense of the proposition. We shall also see that the truth or falsity of a contingent proposition is determined by its comparison to what really happens, so that its contingency does not require nor evocate another alleged possible world where its truth value would be supposedly different from its truth value in this existing world.