Análise epidemiológica comparativa entre transplante hepático de doadores vivos e doadores mortos nos últimos 5 anos no Rio de Janeiro

Revista de Saúde

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ISSN: 21792739
Editor Chefe: Paloma Mendonça
Início Publicação: 30/06/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde

Análise epidemiológica comparativa entre transplante hepático de doadores vivos e doadores mortos nos últimos 5 anos no Rio de Janeiro

Ano: 2021 | Volume: 12 | Número: 2
Autores: Gaspar, M.C.S; Ferraz, J.S.P; Santos, M.E; Guide, T.V; Dantas, C.M.M.
Autor Correspondente: Gaspar, M.C.S | [email protected]

Palavras-chave: Transplante de fígado; Transplante de doador vivo; Transplante de doador morto; Fígado de doador vivo e ética.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O transplante de fígado é o tratamento de escolha para pacientes com insuficiência hepática, quando não há mais proposta terapêutica conservadora efetiva. Os objetivos do transplante são melhorar a qualidade de vida do paciente e prolongar sua sobrevida. Este órgão pode ser doado a partir de um cidadão vivo ou falecido. O propósito deste estudo é realizar uma análise comparativa, no Estado do Rio de Janeiro, entre cada procedimento, considerando dados como número total de cirurgias, custo médio, taxa de mortalidade e tempo médio de internação. Segundo os resultados, no Rio de Janeiro, 91,18% dos transplantes utilizaram órgão de doadores falecidos e 8,82% de vivos.Os custos foram de R$ 82.162,94 para procedimento intervivos e R$ 94.317,72 para falecidos. A média de internação foi de 13,9 dias para o procedimento entre vivos e 10,5 dias para doador morto. A taxa de mortalidade e óbitos foram 8,97% e 7, respectivamente, para doadores vivos e 10,55% e 85 para doadores mortos. Apesar da predominância de doadores falecidos, esse procedimento apresenta empecilhos como a resistência das famílias a doação e problemas organizacionais do órgão responsável.E, ainda, existe um temor por parte dos candidatos a doadores em vida com sua saúde e complicações cirúrgicas. Sendo assim, há necessidade de conscientizar a população sobre a importância de ser doador, esclarecer as famílias o real significado da morte encefálica e sanar possíveis dúvidas. Somente o estímulo a ambos os tipos de doação poderá reduzir as filas de espera e salvar vidas.



Resumo Inglês:

Liver transplantation is the treatment of choice for patients with liver failure, when there is no more effective conservative therapeutic proposal. The goals of transplantation are to improve the patient’s quality of life and prolong his survival. This organ can be donated from a living or deceased citizen. The purpose of this study is to perform a comparative analysis, in the State of Rio de Janeiro, between each procedure, considering data such as total number of surgeries, average cost, mortality rate and average length of stay. According to the results, in Rio de Janeiro, 91.18% of transplants used organs from deceased donors and 8.82% from living ones. The costs were R $ 82,162.94 for interventional procedures and R $ 94,317.72 for deceased. The average hospital stay was 13.9 days for the live procedure and 10.5 days for the dead donor. The mortality and death rates were 8.97% and 7, respectively, for living donors and 10.55% and 85 for dead donors. Despite the predominance of deceased donors, this procedure presents obstacles such as families’ resistance to donation and organizational problems of the responsible agency. And yet, there is a fear on the part of prospective donors living with their health and surgical complications. Therefore, there is a need to make the population aware of the importance of being a donor, to clarify to families the real meaning of brain death and to resolve possible doubts. Only the encouragement of both types of donation can reduce waiting lines and save lives.