Análise do consumo alimentar em indivíduos com síndrome de Down da região metropolitana de Porto Alegre

Cinergis

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ISSN: 2177-4005
Editor Chefe: Silvia Isabel Rech Franke
Início Publicação: 31/12/1999
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Educação física, Área de Estudo: Saúde coletiva

Análise do consumo alimentar em indivíduos com síndrome de Down da região metropolitana de Porto Alegre

Ano: 2017 | Volume: 18 | Número: 2
Autores: F. G. Silva, F. Miraglia
Autor Correspondente: F. G. Silva | [email protected]

Palavras-chave: hábitos alimentares, Síndrome de Down, consumo alimentar

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A síndrome de Down (SD), também conhecida como trissomia do cromossomo 21 é uma das principais causas de deficiência intelectual da população. Possuem características como protusão lingual, dificuldade de mastigação, diminuição da saliva e constipação, ainda apresentam uma grande prevalência de sobrepeso e obesidade. Objetivos: avaliar o consumo de alimentos industrializados, fontes de gorduras saturadas e trans, através de questionário de frequência alimentar (QFA) em pessoas com síndrome de Down. Método: foi realizado um estudo transversal, de caráter qualiquantitativo, com indivíduos portadores de SD, de ambos os sexos, de 0 a 52 anos que frequentam as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs) de três cidades da região metropolitana de Porto Alegre. Os dados foram coletados através de um QFA elaborado pelas autoras e respondido pelos responsáveis. As análises foram processadas no programa estatístico SPSS versão 21.0. Resultados: foram entrevistados 33 indivíduos, sendo que 57,6% do total da amostra encontrava-se na faixa etária da primeira infância, dos zero aos 10 anos. O leite integral, sucos industrializados e frios e embutidos foram os alimentos com maior porcentagem de consumo diário. O consumo de refrigerantes foi de 42,4% entre uma e duas vezes por semana e 54,5% consomem carne de gado de três a quatro vezes por semana. Mais de 20% dos participantes relataram o consumo de frituras como frango frito e polenta ou aipim frito e ovo frito de uma a duas vezes na semana. Considerações finais: o consumo dos alimentos estudados é presente nessa população, apesar de poucos apresentarem frequência de consumo diária. Ainda assim os hábitos alimentares devem ser melhorados uma vez que já existe uma propensão para o aumento de peso na síndrome de Down.



Resumo Inglês:

Down’s syndrome (DS) also known as trisomy of chromosome 21 is one of the main causes of intellectual
disability in population. They have characteristics such as lingual protrusion, chewing difficulty, saliva reduction and constipation, still present a high prevalence of overweight and obesity. Aim: evaluate the consumption of processed foods, sources of saturated and trans fats through a food frequency questionnaire (FFQ) in people with Down’s syndrome. Method: a cross-sectional qualitative and quantitative research was carried out with individuals with DS of both genders from 0 to 52 years old, belonging to the “Parents and Friends of the Exceptional Association” (APAEs) of three cities in the metropolitan region of Porto Alegre. Data were collected through the FFQ prepared by the authors and answered by those responsible. The data were processed in the statistical program SPSS version 21.0. Results: a total of 33 subjects were interviewed, 57.6 % of the sample being in the early childhood age
range, from zero to 10 years. Whole milk, processed juice and Cold cuts were the foods with the highest
percentage of daily consumption. Consumption of soft drinks was 42.4 % (one and two times a week) and
54.5 % consume beef from three to four times a week. More than 20 % of participants reported eating fried foods like fried chicken or fried egg 1 to 2 times a week. Closing remarks: the consumption of foods studied is present in this population, although the frequency of daily consumption was considered low. Even so, eating habits should be improved since there is already a propensity for weight gain in Down’s syndrome.