Análise Comparativa Epidemiológica da Cirurgia de Esofagectomia Realizada por Via Transtorácica e por Via Minimamente Invasiva

Revista de Saúde

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ISSN: 21792739
Editor Chefe: Paloma Mendonça
Início Publicação: 30/06/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências da Saúde

Análise Comparativa Epidemiológica da Cirurgia de Esofagectomia Realizada por Via Transtorácica e por Via Minimamente Invasiva

Ano: 2020 | Volume: 11 | Número: 1
Autores: Giovanna Vidal Belo, Júlia Vidal Spinelli, Lívia Soares Viana, Michelle Garcia Ferreira de Oliveira, Suzane Aguiar de Souza, Adriana Rodrigues Ferraz
Autor Correspondente: Giovanna Vidal Belo | [email protected]

Palavras-chave: Esofagectomia; Epidemiologia dos Serviços de Saúde; Epidemiologia; Toracotomia; Cirurgia Torácica.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Diversas patologias que acometem o esôfago - como tumores, acalasia e megaesôfago - são corrigidas cirurgicamente através da esofagectomia, um procedimento baseado na remoção parcial ou total do esôfago. A esofagectomia distal retira apenas parte do esôfago e existem duas técnicas para sua execução: a esofagectomia com toracotomia (ECT), com abertura da caixa torácica, ou a esofagectomia sem toracotomia (EST), feita através do endoscópio, apresentando vantagens com relação à ECT. O objetivo do estudo foi analisar comparativamente os diversos aspectos epidemiológicos da ECT e EST. Trata-se de um estudo observacional e transversal, a partir de dados coletadas no SIH/SUS entre Janeiro de 2014 a Abril de 2019, analisando número de óbitos e de internações, taxa de mortalidade e valor de cada procedimento em cada região do Brasil, comparando os dados obtidos aos achados bibliográficos. Os dados foram analisados por meio dos testes de T-Student e Correlação de Pearson. De acordo com as informações encontradas, foram realizadas 544 internações, sendo a maioria delas decorrentes de EST, realizadas no regime público. A despeito da menor amostra na ECT, as maiores taxas de mortalidade ocorreram na EST, apesar dessa diferença não ter sido estatisticamente significativa. A média da permanência hospitalar foi menor na ECT, mas a diferença não foi estatisticamente significativa, o que não é compatível com a literatura, que indica recuperação mais rápida na EST. Assim, não houve diferença significante entre os dados estatísticos e epidemiológicos na morbi-mortalidade dos procedimentos, corroborando para escolha do tratamento individualizado de cada paciente



Resumo Inglês:

Several pathologies affecting the esophagus, such as tumors, achalasia and megaesophagus, are surgically corrected through esophagectomy, a procedure based on the partial or total removal of the esophagus. Distal esophagectomy removes only part of the esophagus and there are two techniques for its execution: esophagectomy with thoracotomy (ECT), with thoracic cavity opening, or esophagectomy without thoracotomy (EST) performed through the endoscope, presenting advantages over ECT. The objective of the study was to comparatively analyze the different epidemiological aspects of ECT and EST. It is an observational and cross-sectional study, based on data collected in the SIH / SUS between January 2014 and April 2019, analyzing number of deaths and hospitalizations, mortality rate, complexity and value of each procedure in each region of Brazil, comparing the data obtained to the bibliographic findings. Data were analyzed using T-Student test and Pearson’s correlation. According to the information found, 544 hospitalizations were performed, most of them due to EST, performed in the public regime. Despite the smallest sample in the ECT, the highest mortality rates occurred in EST, although this difference was not statistically significant. The mean length of hospital stay was lower in ECT, but the difference was not statistically significant, which is not compatible with the literature, that indicates a faster recovery in EST. Thus, there was no significant difference between the statistical and epidemiological data on the morbimortality of the procedures, corroborating the choice of the individualized treatment of each patient.