AMPLIFICAÇÃO CRUZADA DE MICROSSATÉLITES NO GÊNERO Astyanax: OTIMIZANDO FERRAMENTA PARA ENTENDER A BIODIVERSIDADE.

Evolução e Conservação da Biodiversidade

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ISSN: 22363866
Editor Chefe: Rubens Pazza
Início Publicação: 30/04/2010
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Biologia geral

AMPLIFICAÇÃO CRUZADA DE MICROSSATÉLITES NO GÊNERO Astyanax: OTIMIZANDO FERRAMENTA PARA ENTENDER A BIODIVERSIDADE.

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Pierre Rafael Penteado, Sabrina Alves dos Santos, Karine Frehner Kavalco, Rubens Pazza.
Autor Correspondente: Pierre Rafael Penteado | [email protected]

Palavras-chave: Astyanax, microssatélite, marcador molecular

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O gênero Astyanax possui ampla distribuição, que vai desde o sul do Texas até o norte da
Patagônia, e no Brasil é popularmente conhecido como lambari ou piaba. Na família Characidae,
à qual pertence, destaca-se por ser um dos gêneros mais especiosos, contando com mais de 100
espécies descritas. Estudos recentes baseados em seqüências de DNA mitocondrial
demonstraram que algumas espécies são mais intimamente relacionadas: espécies
predominantemente do “rabo-vermelho”, espécies do “rabo-amarelo” e espécies que
pertencem à bacias de drenagens costeiras. Microssatélites (STR – simple tandem repeats) são
uma classe de marcadores moleculares co-dominantes e altamente polimórficos, que são
amplamente usados em estudos de parentesco, e também ecológicos, visando informações
sobre estrutura e diversidade populacional. Para a espécie Astyanax mexicanus, que é
considerada um modelo biológico e que ocorre ao norte da distribuição do gênero, foram
descritas uma dezena de loci de microssatélites, dois quais seis mostram-se polimórficos. Nesta
espécie, estudos populacionais bastante amplos foram realizados, inclusive filogeográficos.
Buscando novas ferramentas para auxiliar no estudo da biodiversidade, o objetivo do presente
trabalho foi avaliar a transferibilidade dos loci destes microssatélites em espécies do gênero
Astyanax encontradas na América do Sul, a fim de obter marcadores moleculares confiáveis
para avaliações populacionais neste complexo táxon. Para isso, foram usados exemplares de
espécies de distribuição costeira: A. hastatus, A. ribeirae, A. giton, intermedius e A. parahybae,
bem como as espécies A. fasciatus, A. altiparanae, A.scabripinnis A. bockmanni, A. lacustris, A.
spB, além de A. mexicanus como controle. As reações de amplificação seguiram as
especificações contidas na descrição dos microssatélites de A. mexicanus. A variação na
temperatura de anelamento foi verificada utilizando-se termociclador Palm Cycler (Corbett CG1-
96), com gradiente de temperatura. As temperaturas variaram entre 53 e 57 oC. Os produtos de
PCR foram separados em gel de agarose 3% e corados com brometo de etídio. Em ambos os
grupos de espécies, os alelos obtidos variaram entre 350 e 100 pares de bases, sendo que para
os primers Ast1 e Ast13, a melhor temperatura de anelamento foi de 1ºC acima do indicado
para A. mexicanus. Os indivíduos testados da espécie A. hastatus não apresentaram
amplificação em nenhum dos primers testados, e amostras de A. scabripinnis também não
amplificaram no teste com o primer Ast9. Num primeiro teste, as reações envolvendo Ast10
com amostras de A. mexicanus não obtiveram sucesso. Os testes de amplificação constituem a
parte inicial de um trabalho que almeja usar os primers obtidos para aprofundar os
conhecimentos da estrutura populacional destas espécies, para melhor compreensão das
intricadas relações filogenéticas no gênero.