Ampliando repertórios e imaginários a partir da reflexão de uma abordagem pedagógica não hegemônica para o Ensino de Artes Visuais

Revista Apotheke

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ISSN: 2447-1267
Editor Chefe: Jociele Lampert
Início Publicação: 31/12/2015
Periodicidade: Semestral

Ampliando repertórios e imaginários a partir da reflexão de uma abordagem pedagógica não hegemônica para o Ensino de Artes Visuais

Ano: 2021 | Volume: 7 | Número: 3
Autores: Lisa Miranda, Thamires Burlandy, Ana Valéria de Figueiredo
Autor Correspondente: Ana Valéria de Figueiredo | [email protected]

Palavras-chave: ensino de artes visuais, estudos decoloniais, pedagogia das visualidades

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Existe uma insistente abordagem de (re)produções de discursos, visualidades e ideologias hegemônicas nos livros didáticos e nos currículos ofertados para o ensino de artes, fortalecendo assim, o imaginário excludente e preconceituoso acerca dos produtos culturais de outras temporalidades e regionalidades, que não as euro-norte-americanas e produções de artistas mulheres. Para tanto, neste trabalho buscamos refletir sobre caminhos possíveis de construir uma educação artística anti-racista, anti-machista, decolonial, horizontalizada, consciente sobre os preconceitos em relação à classe, gênero, raça, etnia, dentre outras diversidades, propondo uma mudança social e ampliação da visão de mundo. Analisamos os trabalhos da artista Gê Viana como uma possibilidade pedagógica que contribua para uma educação fortalecedora de sua criticidade e autonomia na construção de identidade e visão de mundo não hegemônicas. Consideramos, então, que a abordagem pedagógica é uma escolha política dos professores, podendo de traçar ou não, análises e reflexões com os alunos acerca dos contextos, intencionalidades, (re)construções contida das imagens, além de criar possibilidades para a ampliação do repertório visual e imagético. Sendo assim, os trabalhos da artista Gê Viana podem ser um caminho possível para trabalhar as questões de gênero, raça, história, entre outros, que ainda são pouco fortalecidas na história da arte e no seu ensino.



Resumo Inglês:

There is an insistent approach of (re)production of discourses, visualities and hegemonic ideologies in textbooks and curricula offered or for the teaching of the arts, thus strengthening the exclusive and prejudiced imagination about two cultural products from other temporalities and regionalities, other than Euro - North American, and productions by women artists. Therefore, in this work we seek to reflect on the ways that enable the construction of an anti-racist, anti-sexist, decolonial, horizontalized artistic education, attentive to prejudices in relation to class, gender, race, ethnicity, within other diversities. broad and social change that gives a view of the world. We analyze the work of the artist Gê Viana as a pedagogical possibility that contributes to an education that strengthens his criticisms and his autonomy in the construction of a non-hegemonic identity and worldview. We consider, then, that the pedagogical approach is a political choice of the teachers, being able to trace or not, analyzes and reflections with the students about the contexts, intentions, (re)constructions contained in the images, in addition to creating possibilities for the expansion of the repertoire visual and imagery. In addition, the work of artist Gê Viana may be a possible way to work on questions of gender, race, history, among others, which are only slightly strengthened in the history of art and not in teaching.