AmarElo, de Emicida, e O Pequeno Príncipe Preto, de Rodrigo França: a música como primeiro contato literário no ensino de literatura

[re]Design

Endereço:
Avenida Coronel Colares Moreira - 477 - Renascença
São Luís / MA
65075-441
Site: https://periodicos.ifma.edu.br/redesign
Telefone: (98) 3215-1794
ISSN: 2764-9954
Editor Chefe: Luís Rocha
Início Publicação: 31/12/2022
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Arquitetura e urbanismo, Área de Estudo: Desenho industrial, Área de Estudo: Artes

AmarElo, de Emicida, e O Pequeno Príncipe Preto, de Rodrigo França: a música como primeiro contato literário no ensino de literatura

Ano: 2023 | Volume: Especial | Número: 1
Autores: Walisson Oliveira Santos e Alba Valéria Niza Silva
Autor Correspondente: Walisson Oliveira Santos | [email protected]

Palavras-chave: Música, Literatura, Emicida e Rodrigo França

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho se propõe a compreender a música como importante recurso didático para a educação de crianças, jovens e adultos. Isso a partir da música “AmarElo”, do compositor e rapper Leandro Roque de Oliveira, o Emicida, em diálogo com o livro infantil O Pequeno Príncipe Preto (2020), de Rodrigo França, este como primeiro contato após a aplicação de textos musicais no ensino de literatura. Posto isso, partimos da hipótese que a música atua na formação dos indivíduos. Esta que envolve o respeito às diferenças, às experiências interpessoais, o que possibilita a construção de seres críticos, capazes de refletir sobre a sua posição no mundo e a sociedade na qual estão inseridos. Além disso, delineamos o seguinte problema: Como a música pode funcionar como interação em sala de aula, de resgate do prazer e motivação na busca do conhecimento e, também, para o ensino de literatura? A partir de nossas análises comparativas, em “AmarElo”, Emicida deixa em aberto o discurso dos excluídos e a reivindicação de espaços culturais fechados no contexto da negritude brasileira; já em O Pequeno Príncipe Preto, de Rodrigo França, o livro permite que a todas as crianças, jovens e adultos, negros ou brancos, entendam que não existe uma cultura universal e passem a valorizar mais a diversidade e a pluralidade.



Resumo Inglês:

This work proposes to understand music as an important didactic resource for the education of children, young people and adults. This is based on the song “AmarElo”, by composer and rapper Leandro Roque de Oliveira, known as Emicida, in dialogue with the children’s book O Pequeno Príncipe Preto (2020), by Rodrigo França, the latter being the first contact after applying musical texts to the literature teaching. That said, we start from the hypothesis that music acts in the formation of individuals. This involves respect for differences, interpersonal experiences, which enables the construction of critical beings, capable of reflecting on their position in the world and the society in which they are inserted. In addition, we outline the following problem: How can music work as an interaction in the classroom, to rescue pleasure and motivation in the pursuit of knowledge, and also for teaching literature? Based on our comparative analyses, in “AmarElo”, Emicida leaves open the discourse of the excluded and the claim for closed cultural spaces in the context of Brazilian blackness. In O Pequeno Príncipe Preto, by Rodrigo França, the book allows all children, young people and adults, black or white, to understand that there is no universal culture and to start to value diversity and plurality more.



Resumo Espanhol:

Este trabajo propone entender la música como un importante recurso didáctico para la educación de niños, jóvenes y adultos. Este se basa en la canción “AmarElo”, del compositor y rapero Leandro Roque de Oliveira, conocido como Emicida, en diálogo con el libro infantil O Pequeno Príncipe Preto (2020), de Rodrigo França, siendo este último el primer contacto luego de aplicar textos para la enseñanza de la literatura. Dicho esto, partimos de la hipótesis de que la música actúa en la formación de los individuos. Esto implica el respeto por las diferencias, las experiencias interpersonales, lo que posibilita la construcción de seres críticos, capaces de reflexionar sobre su posición en el mundo y en la sociedad en la que están insertos. Además, planteamos el siguiente problema: ¿Cómo puede funcionar la música como interacción en el aula, para rescatar el placer y la motivación en la búsqueda del conocimiento, y también para la enseñanza de la literatura? Con base en nuestros análisis comparativos, en “AmarElo”, Emicida deja abierto el discurso de los excluidos y la demanda de espacios culturales cerrados en el contexto de la negritud brasileña; en O Pequeno Príncipe Preto, de Rodrigo França, el libro permite que todos los niños, jóvenes y adultos, negros o blancos, entiendan que no existe una cultura universal y empiecen a valorar más la diversidad y la pluralidad.