A alma cheia de bandeiras: ressignificação política e permanência de uma canção latino-americana

Anuário De Literatura

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Pós-Graduação em Literatura - Centro de Comunicação e Expressão - Campus Universitário - Trindade - Florianópolis
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ISSN: 21757917
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Início Publicação: 30/11/1993
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

A alma cheia de bandeiras: ressignificação política e permanência de uma canção latino-americana

Ano: 2014 | Volume: 19 | Número: 2
Autores: Camila Marchesan Cargnelutti, Maurício Marques Brum, Anselmo Peres Alós
Autor Correspondente: Anuário De Literatura | [email protected]

Palavras-chave: ditadura civil-militar chilena, nova canção chilena, víctor jara, miguel angel aguilera

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Resumo Português:

Diante de um cenário de enfrentamento e crescente polarização ideológica que dividia o Chile no início da década de 70, uma das principais maneiras encontradas pelos militantes de esquerda para manifestarem seus anseios por mudanças e, ao mesmo tempo, aproximarem-se da população, foi através de manifestações artísticas e culturais, particularmente, a música. O presente artigo analisa a canção El alma llena de Banderas, escrita pelo cantor e compositor Victor Jara, uma das principais vozes da Nueva Canción Chilena, em homenagem ao estudante e militante Miguel Angel Aguilera, assassinado por forças repressivas durante um conflito de rua em 1970 em Santiago, poucos meses antes das eleições que acabariam vencidas pelo socialista Salvador Allende. Busca-se interpretar os sentidos da canção de Jara naquele momento, relacionando-a ao contexto histórico, político e social em que ela foi criada, e compreender suas possibilidades de ressignificação e apropriação em novas conjunturas latino-americanas.