ALICE OU A ÚLTIMA FUGA: O AFETO DE ANGÚSTIA EM CENA

Revista Entheoria

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ISSN: 2446-6115
Editor Chefe: Jean Paul d'Antony Costa Silva
Início Publicação: 02/07/2014
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Multidisciplinar

ALICE OU A ÚLTIMA FUGA: O AFETO DE ANGÚSTIA EM CENA

Ano: 2018 | Volume: 5 | Número: 1
Autores: V. P. Bezerra.
Autor Correspondente: V. P. Bezerra. | [email protected]

Palavras-chave: ANGÚSTIA, PSICANÁLISE, DEPRESSÕES, COMPULSÕES.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo, a partir da análise da personagem Alice, do filme francês “Alice ou a última fuga” de Claude Chabrol, pretende abordar o conceito de afeto de angústia nos primeiros escritos freudianos e na visão lacaniana. A pergunta central que norteia este trabalho é: o projeto da personagem Alice, em viver uma vida sem angústias, se configura uma empreitada possível ao sujeito contemporâneo? Na tentativa de responder tal questão, a partir de uma revisão bibliográfica, apresenta-se duas teorias freudianas acerca da angústia e a visão lacaniana sobre a falta – aquilo o que constitui o sujeito na relação com o (O)utro. Parte-se do princípio de que estas reflexões sobre Alice e suas relações com a teoria psicanalítica ajudam a pensar sobre as diversas formas de mal-estar contemporâneo, como as depressões e as compulsões, que se apresentam no cotidiano da experiência clínica.



Resumo Francês:

Cet article, issu de l'analyse du personnage Alice, du film français "Alice ou la dernière fugue" de Claude Chabrol, vise à aborder le concept de l'angoisse dans les premiers écrits freudiens et dans la vision lacanienne. La question centrale qui guide ce travail est la suivante: la conception du personnage Alice, en vivant une vie sans angoisse, constitue-t-elle une entreprise possible pour le sujet contemporain? Pour tenter de répondre à cette question, à partir d'une revue bibliographique, nous présentons deux théories freudiennes sur l'angoisse et la vision lacanienne sur le manque - celle qui constitue le sujet par rapport au (A)utre. On suppose que ces réflexions sur Alice et ses relations avec la théorie psychanalytique aident à penser aux diverses formes de malaise contemporain, telles que les dépressions et les compulsions, qui se présentent dans la routine quotidienne de l'expérience clinique.