A era digital trouxe novos desafios e possibilidades para a alfabetização, especialmente no que diz respeito à leitura e escrita em ambientes marcados pela desinformação. Com o acesso instantâneo a uma quantidade imensa de informações, crianças e jovens em processo de alfabetização enfrentam a tarefa de aprender a ler e escrever em um contexto em que nem tudo o que circula na internet é confiável ou verdadeiro. Este artigo reflete sobre metodologias que integram a análise crítica de textos digitais, como redes sociais, notícias e outros conteúdos online, ao processo de alfabetização. Por meio de uma revisão bibliográfica e análise de práticas pedagógicas, discutem-se os desafios de ensinar leitura e escrita em um cenário em que a desinformação é disseminada rapidamente e em larga escala. Propõe-se que a alfabetização crítica, aliada ao uso de tecnologias digitais, pode capacitar os estudantes a discernirem informações confiáveis, desenvolver pensamento crítico e participar ativamente da sociedade digital. A alfabetização crítica vai além da decodificação de textos, enfocando a capacidade de analisar, interpretar e questionar as informações de forma reflexiva. Essa abordagem é essencial para preparar os estudantes a identificar vieses, compreender as intenções por trás dos textos e produzir conteúdo de forma ética e responsável. Conclui-se que a integração de práticas críticas e digitais na alfabetização é essencial para formar cidadãos conscientes e preparados para os desafios do século XXI.