Ainda somos vulneráveis

Revista Sísifo

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ISSN: 2359-3121
Editor Chefe: Yves São Paulo e Marcelo Vinicius
Início Publicação: 31/12/2014
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

Ainda somos vulneráveis

Ano: 2015 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: J. F. Sabino
Autor Correspondente: Yves São Paulo e Marcelo Vinicius | [email protected]

Palavras-chave: Cinema, Tragédia, John Cassavetes

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Milan Kundera nos conta em "A cortina", um de seus livros de ensaio, que muitas vezes diz a si mesmo que talvez nosso verdadeiro castigo seja que o trágico nos abandonou. O perigo desse abandono reside no fato de que o espaço reservado à tensão passe a ser ocupado ou pelo maniqueísmo moral, ou pela tentativa de extermínio da tensão.
À tragédia é necessário um solo originário, um espaço da vulnerabilidade, de onde possa eclodir o conflito que define a tragédia. Nosso castigo seria então a erradicação desse espaço vulnerável – essa abertura para a eclosão dos afetos humanos – que mantém a diferença dentro de um espaço harmônico.
Se este espaço se encontra extinto ou reduzido em nosso tempo, podemos localizar a tentativa de sua manutenção nas obras dos artistas. Um desses é o cineasta norte-americano John Cassavetes.