Acusar e punir: a moralidade como uma estratégia de poder

Manduarisawa

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ISSN: 2527-2640
Editor Chefe: Monize Melo da Silva Chaves
Início Publicação: 22/09/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Acusar e punir: a moralidade como uma estratégia de poder

Ano: 2023 | Volume: 7 | Número: 1
Autores: Caio César Cuozzo Pereira
Autor Correspondente: Caio César Cuozzo Pereira | [email protected]

Palavras-chave: Governo Jânio Quadros, política, imprensa, Amaral Netto, Revista Maquis

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Fidélis dos Santos Amaral Netto (1921-1995) foi um jornalista, empresário e político brasileiro. Entre 1956 e 1960, ele fundou e dirigiu a revista Maquis no Rio de Janeiro. Em 1960, ele se elegeu como deputado constituinte da Guanabara pela União Democrática Nacional (UDN). Esse evento marcou o seu afastamento da direção de Maquis, restringindo a sua participação a atividade de articulista durante o governo Jânio Quadros (1961). Tendo em vista a sua condição de político e jornalista naquele contexto, este artigo questiona quais foram as suas ideias, as suas representações e os seus interesses expostos através de Maquis. À revelia da efemeridade do governo Quadros, se trata de um recorte temporal relevante em função de seus efeitos nos campos político, econômico e social. Deste modo, a hipótese proposta é a de que Amaral Netto instrumentalizou o ideário moralista do governo em um discurso de autolegitimação. Estratégia que, em alguma medida, ambicionava o exercício de poder perante a sociedade.



Resumo Inglês:

Fidélis dos Santos Amaral Netto (1921-1995) was a brazilian journalist, businessman and politician. Between 1956 and 1960, he founded and directed the magazine Maquis in Rio de Janeiro. In 1960, he was elected constituent deputy of Guanabara by the União Democrática Nacional (UDN). This event marked the end of his management of the magazine, restricting his participation to the activity of a columnist during the Jânio Quadros government (1961). Having in mind his status as a politician and journalist in that context, this article questions what ideas, representations and interests he expressed through the Maquis. Despite the ephemerality of the Quadros government, this is a relevant temporality because to its effects in the political, economic and social fields. Thus, the proposed hypothesis is that Amaral Netto instrumentalized the government’s moralist ideology in a self-legitimizing discourse. A strategy that, to some extent, aspired to exercise power over the society.