A acumulação (muito mais do que) primitiva como elo entre capitalismo, colonialismo e patriarcado

Cadernos de Ciências Sociais da UFRPE

Endereço:
Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos
Recife / PE
52171-900
Site: http://www.journals.ufrpe.br
Telefone: (81) 8812-5501
ISSN: 2316977X
Editor Chefe: Professor Dr. Tarcísio Augusto Alves da Silva
Início Publicação: 30/06/2012
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Sociologia

A acumulação (muito mais do que) primitiva como elo entre capitalismo, colonialismo e patriarcado

Ano: 2017 | Volume: 2 | Número: 11
Autores: Maurício Hashizume
Autor Correspondente: [email protected] | [email protected]

Palavras-chave: Capitalismo; Colonialismo; Patriarcado

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Como parte de uma poderosa engrenagem crítica de desconstrução do modo de produção capitalista com base no materialismo histórico e dialético, Marx formulou, em sua obra mais conhecida (O Capital), a concepção de “acumulação primitiva”, considerada como o ponto de partida da produção capitalista, isto é, como uma espécie de “pecado original” do sistema capitalista. Intelectuais e militantes como Rosa Luxemburgo e, mais recentemente, Silvia Federici e David Harvey, entre muitas/oss outras/os analistas, têm apontado para aspectos complementares que envolvem um senso mais alargado e contínuo dessa ideia de “acumulação”. Para além dos cercos de sua condição “primitiva” (quando da sua formação histórica a partir da expansão colonial do final dos séculos XV e XVI) ou somente “capitalista” (em sua fase mais “desenvolvida” na esteira da Revolução Industrial), o conceito tem sido submetido a distintas abordagens mais ampliadas que reforçam a conexão intrínseca entre capitalismo, colonialismo e patriarcado.



Resumo Inglês:

The concept of “primitive accumulation”, considered by Marx as the starting point of capitalist mode of production, has been recaptured by thinkers such as Rosa Luxemburg, Silvia Federici and David Harvey in a broader and continuous sense that does not necessarily dissociate it from the “capitalist accumulation”. Through a postcolonial/decolonial critical analysis, it is possible to glimpse through it a powerful, continuous and infuential connection between capitalism, colonialism and patriarchy