A proposta deste trabalho é analisar sites de três instituições arquivísticas (o Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil, o Museu de Astronomia e Ciências Afins e a Fundação Fernando Henrique Cardoso) no intuito de observar como é realizado o acesso remoto aos conjuntos documentais custodiados nesses arquivos. Acredita-se que o acesso é a principal forma de fortalecimento do arquivo e de sua instrumentalização pela sociedade enquanto uma ferramenta da cidadania. Como método, realizou-se o levantamento de características dos sites e das bases de dados (material de apoio, interação com o usuário, direcionamento de pesquisa, formas de busca) e da metodologia arquivística adotada (métodos de arranjo e uso de normas de descrição). Por fim, percorreram-se os caminhos de pesquisa aos documentos em cada um dos sites selecionados para compreender o trajeto que o usuário segue no momento do acesso aos documentos e informações desejadas. Neste trabalho, dá-se especial atenção ao tratamento arquivístico desenvolvido em cada arquivo, destacando como arranjo, descrição e acesso estão intimamente relacionados e como potencialidades e limites surgem a partir de uma comunhão ou um descompasso entre essas funções arquivísticas, sobretudo em razão da escolha do método de arranjo.