Este artigo tem como objetivo analisar a prática de responsabilidade social das organizações varejistas no Brasil. O estudo é oportuno por trazer uma análise ampla num momento em que diversas empresas em todos os ramos de atividades anunciam sua opção de tratar as ações de responsabilidade social como prioritárias. Foi desenvolvido um estudo empÃrico a partir de uma amostra de 160 empresas de todo o Brasil, acessadas a partir do banco de práticas de empresas que participaram das duas primeiras edições do Prêmio FGV-EAESP de Responsabilidade Social no Varejo. Utilizou-se um roteiro estruturado de coleta de dados, com especial atenção à proposição analÃtica de Austin et al. (2004), que classificam as empresas em três classes: filantrópicas (pouco envolvimento social), transacionais (médio envolvimento) e integrativas (grande envolvimento). A maioria das empresas apresentou caracterÃsticas associadas à s duas primeiras classes na prática da responsabilidade social. Em apenas 11,3% das empresas analisadas foram percebidas ou identificadas caracterÃsticas associadas à classe integrativa, a mais avançada na classificação. Os resultados mostram ainda que, apesar da importância das ações desenvolvidas, existe um enorme potencial de contribuição social desses importantes agentes.