“Um estranho numa terra estranha”: transcendência e imanência em Cavaleiro de Copas (2015), de Terrence Malick

Guavira Letras

Endereço:
Avenida Ranulpho Marques Leal, 3484 - Distrito Industrial II
Três Lagoas / MS
79613-000
Site: http://www.guaviraletras.ufms.br
Telefone: (67) 3509-3701
ISSN: 1980-1858
Editor Chefe: Kelcilene Grácia-Rodrigues
Início Publicação: 01/08/2005
Periodicidade: Trimestral

“Um estranho numa terra estranha”: transcendência e imanência em Cavaleiro de Copas (2015), de Terrence Malick

Ano: 2018 | Volume: 14 | Número: 26
Autores: Sander Cruz Castelo
Autor Correspondente: S. C. Castelo | [email protected]

Palavras-chave: sagrado,imanência, transcendência, filme “Cavaleiro de Copas” (2015), Terrence Malick

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Investigam-se como os polos do sagrado são expressos no filme Cavaleiro de Copas (Knight of Cups, EUA, 2015), de Terrence Malick. Para tanto, analisa-se como a transcendência e a imanência são apresentadas na obra mediante a sua forma (enredo, personagens, tempo, espaço e narradores) e estilo (mise-enscène, cinematografia, montagem e som). Baseia-se, teórica e metodologicamente, em textos sobre análise fílmica (BORDWELL; THOMPSON, 2013), o sagrado (OTTO, 1997; ELIADE, 1992) e suas manifestações na literatura (WEBB, 2012) e no cinema (VADICO, 2010; 2015), especialmente no filme em estudo (HAMNER, 2016; BARNETT, 2016; CASTELO, 2017abc). Descobriu-se que, além da natureza, instância tradicional do sagrado na filmografia de Malick, sua artificialização, isto é, a cultura (material ou imaterial), avulta, igualmente, como polo potencial do sagrado no filme. Conclui-se que, em Cavaleiro de Copas, a cultura, como a natureza, assombra e fascina, é majestosa e protetora, indiferente e calorosa, diversa e igual.



Resumo Inglês:

It is investigated how the poles of the sacred are expressed in the film Knight of Cups (EUA, 2015), by Terrence Malick. In order to do so, it is analyzed how transcendence and immanence are presented in the work through its form (plot, characters, time, space and narrators) and style (mise-en-scène, cinematography, editing and sound). It is based theoretically and methodologically on texts on film analysis (BORDWELL; THOMPSON, 2013), the sacred (OTTO, 1997; ELIADE, 1992) and its manifestations in literature (WEBB, 2012) and cinema (VADICO, 2010; 2015), especially in the film under study (HAMNER, 2016; BARNETT, 2016; CASTELO, 2017abc). It has been discovered that in addition to nature, which is a traditional instance of the sacred in Malick's filmography, its artificialization, that is, culture (material or immaterial), also appears as a potential pole of the sacred in the film. One concludes that in Knight of Cups, culture, like nature, haunts and fascinates, is majestic and protective, indifferent and warm, diverse and equal.