A “Thompsonian” pattern of labour unrest? Social movements and rebellions in the Global South

Revista Mundos do Trabalho

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ISSN: 19849222
Editor Chefe: Aldrin A. S. Castellucci
Início Publicação: 31/05/2009
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: História

A “Thompsonian” pattern of labour unrest? Social movements and rebellions in the Global South

Ano: 2020 | Volume: 12 | Número: Não se aplica
Autores: Ruy Gomes Braga
Autor Correspondente: Ruy Gomes Braga | [email protected]

Palavras-chave: precariat, globalization, unionism, crisis, class struggles, Thompson

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo, argumentaremos que o chamado padrão fordista de agitação trabalhista foi uma exceção histórica e geográfica e que o foco nesse modelo dificultou a identificação de padrões alternativos de mobilização dos trabalhadores, sobretudo no chamado Sul global. Consideramos que a problematização elaborada por Beverly Silver a respeito dos padrões de agitação trabalhista dominantes no século XX superou o viés eurocêntrico da análise dos conflitos trabalhistas, redefinindo o campo de estudos do trabalho global. No entanto, diante da retomada das formas de mobilização coletiva dos trabalhadores em escala global após o advento da crise da globalização capitalista inaugurada em 2008, entendemos fazer-se necessário repensar os modelos (“marxiano” e “polanyiano”) de agitação trabalhistas sugeridos
por Silver. Em suma, ao destacarmos a resistência contemporânea à mercantilização, em especial por parte do “precariado global”, devemos esperar encontrar a luta de classes, mas não em sua roupagem industrial ou fordista. Para tanto, uma recuperação da obra do historiador inglês Edward Palmer Thompson parece-nos útil para pensarmos o atual padrão de agitação trabalhista em escala mundial.



Resumo Inglês:

In this article, we will argue that the so-called Fordist pattern of labor unrest was a historical and geographical exception and that the focus on this model made it difficult to identify alternative patterns of worker mobilization, especially in the so-called global South. We consider that the problematization elaborated by Beverly Silver regarding the dominant labor unrest patterns in the 20th century overcame the Eurocentric bias of the analysis of labor conflicts, redefining the field of studies of global work. However, in view of the resumption of forms of collective mobilization of workers on a global scale after the advent of the crisis of capitalist globalization inaugurated in 2008, we believe it is necessary to rethink the models (“Marxian” and “Polanyian”) of labor unrest suggested by Silver. In short, by highlighting the contemporary resistance to commodification, especially on the part of the “global precariat”, we should expect to find the class struggle, but not in its industrial or Fordist guise. Therefore, a recovery of the work of the English historian Edward Palmer Thompson seems to us useful to think about the current pattern of labor unrest on a world scale.